Denúncia foi publicada no jornal 'Le Monde'.
Os Estados Unidos interceptaram 70,3 milhões de e-mails e
telefonemas da França ao longo de 30 dias, entre o final de 2012 e início de
2013, segundo documentos da Agência de Segurança Nacional (NSA), divulgados
hoje pelo jornal francês "Le Monde".
A vigilância ocorreu entre 10 de dezembro e 8 de janeiro,
uma média de três milhões de interceptações por dia, com pico de quase sete
milhões em 24 de dezembro e 07 de janeiro, segundo o jornal, que
O ministro do Interior francês, Manuel Valls , disse hoje
que a informação do jornal contém "revelações chocantes" que requerem
"explicações" dos EUA.
O foco da NSA na França era vigiar suspeitos de ter ligações
com atividades terroristas, mas também houve escutas de pessoas ligadas ao
mundo empresarial e à economia, como políticos e funcionários. A espionagem
consistia em uma gravação automática de conversas ou de troca de mensagens
quando ativado um determinado número de telefone pré-determinado.
As mensagens de texto (SMS) foram capturadas quando incluíam
determinadas palavras-chave. O sistema de espionagem também mantinha um
registro para quais números eram feitas as comunicações. As técnicas utilizadas
para essas interceptações aparecem em documentos da NSA com dois códigos
diferentes, "DRTBOX", com 62,5 milhões de interceptações, e
"whitebox", 7,8 milhões.
O "Le Monde", que obteve as informações a partir
de documentos divulgados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden, transmitida pelo
jornalista Glenn Greenwald, lembrou que a França não é o país mais espionado
pelos Estados Unidos. Segundo o jornal, Alemanha e o Reino Unido superam em
comunicações interceptadas, embora os britânicos permitissem essa vigilância.

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