Resíduos
de duas cidades serão lançados em praia de Búzios.
Projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O
projeto de transposição nos efluentes de esgoto das cidades de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia tem gerado polêmica entre os moradores de Búzios.
O
planejamento aprovado em maio pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
levaria os resíduos das duas cidades para Armação dos Búzios. Atualmente, eles
são lançados na Lagoa de Araruama e passariam a ser despejados nos efluentes
dos rios Papicu e Flexeira. Ambos fazem parte da bacia do rio Uma, que deságua
na praia da Rasa, em Armação dos Búzios.
A
Lagoa de Araruama tem grande concentração de sal, e o líquido resultante do
tratamento de esgoto lançado no local altera a composição da água. Essa seria a
maior justificativa da transposição dos efluentes para evitar os impactos
negativos e preservar a maior lagoa hipersalina do Brasil. Entretanto, o
projeto pode aumentar a poluição da praia da Rasa. O valor da obra ainda não
foi calculado. O consórcio Lagos São João, formado pelas prefeituras da região
e responsável por cuidar do meio ambiente, é a favor da proposta.
Segundo
um dos representantes do consórcio, os efluentes vão ser distribuídos a uma
distância mínima de 27 quilômetros do mar. No caminho, as plantas funcionam
como filtro e a água pode ser usada na irrigação de lavouras. Na Região dos
Lagos do Rio, existe uma estação de tratamento de esgoto que há um ano despeja
efluentes na bacia do rio Una. A unidade fica no bairro Jardim Esperança, em Cabo Frio, e o resultado não tem sido
satisfatório.
A
prefeitura de Armação dos Búzios está preocupada e informou que vai cobrar do
consórcio Lagos São João, da Prolagos e do Instituto Estadual do Ambiente
garantias de proteção das praias da cidade, com controle da qualidade do
tratamento de esgoto. A concessionária de água Prolagos disse que a estação de
tratamento do Jardim Esperança vai ser ampliada e com isso se tornar mais
eficiente. Informou ainda que já está comprando equipamentos novos para
melhorar o processo de tratamento. O prazo para a obra é de dois meses.
O
subsecretário executivo da secretaria de estado do Ambiente, Luiz Firmino
Pereira, garantiu que não há uma transferência de poluição e que as duas estações
têm alto grau de tratamento de esgoto e o resíduo sai livre de poluentes.
Fonte: G1 Região dos Lagos
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