(Foto: Heitor Moreira/G1) |
Prisão
aconteceu em Araruama, RJ; outras 11 pessoas foram presas.
Funcionários dos Correios estão envolvidos; prejuízo é de R$ 3 milhões.
Um
homem considerado chefe de uma quadrilha que fazia compras fraudulentas em
lojas virtuais, foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Araruama.
Ele foi preso durante a operação Delivery, deflagrada pela Polícia Federal.
Denilson
Honorato dos Santos, de 37 anos, conhecido como Frank, chefiava o grupo,
segundo a polícia. Sete agentes arrombaram sua casa, no bairro Rio do Limão,
por volta das 6h. Na residência, além de Denilson, estavam a esposa e os dois
filhos de 7 e 12 anos de idade. Foram apreendidos dois carros, documentos, duas
televisões e R$ 2.400. Denilson dos Santos e todo material apreendido, foram
levados para sede da Polícia Federal em Niterói.
Como
funcionava
A
quadrilha comprava dados de cartões de créditos de usuários idôneos, em um
mercado negro de "hackers", e de posse dessas informações realizavam
cadastros falsos em diversas lojas virtuais, onde adquiriam produtos de alto
valor agregado, como notebooks, tablets, aparelhos celulares, TVs de plasma e
led, dentre outros, e os revendiam a receptadores ou através de sites que
hospedam anúncios de vendas, por valores abaixo do mercado.
Estima-se
que a fraude tenha causado prejuízos de R$ 3 milhões, lesando usuários de
cartões de crédito, grandes lojas virtuais hospedadas na web e operadoras de
cartões de crédito.
Moradores
acordaram com a ação dos agentes na rua do bairro Rio do Limão, em Araruama.
Uma senhora que pediu para não ser identificada, mora no bairro há 13 anos e
acordou assustada.
''Acordei
com os gritos dos policiais falando pra abrir a porta. É muito estranho ver
toda essa movimentação aqui na rua, que é tão calma. Esse moço aí mora aqui há
pouco tempo, parece que ele se mudou pra cá em janeiro. Meus filhos sempre
estão brincando com os filhos dele. Fiquei surpresa'', disse a dona de casa.
A
Operação Delivery tem por objetivo o cumprimento de 18 mandados de prisão
preventiva, dentre os quais seis são de funcionários dos Correios, e 26 de
busca e apreensão.
Os investigados vão responder pela prática dos crimes de
furto, receptação, corrupção passiva, peculato e formação de quadrilha,
previstos respectivamente nos Artigos 155, 180, 317, 312 e 288 do Código Penal.
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