(Foto: Hamilton Cardoso) |
Acidentes envolvendo ciclistas nas vias
expressas acendem a questão da conscientização no trânsito.
Que bicicleta é meio de transporte, e não
apenas de lazer, a sociedade já tem tomado consciência. Mas o que ainda não é
comum nas cidades brasileiras e que já acontece em outros países é a bicicleta
como transporte público.
A medida não só diminui o número de carros nas ruas, como melhora a qualidade de vida e ajuda a reduzir a eliminação de gases poluentes. Mas para que seja posto em prática, o ciclismo necessita de uma estrutura que inclui uma série de ações a serem exercitadas. Uma delas é a segurança, manutenção das vias, sinalização e iluminação eficientes, além do item principal: o respeito dos condutores de veículos.
Pensando nisso, um grupo de ciclistas de Macaé decidiu se reunir para pedir uma atenção maior as vias da cidade. “A maioria delas, onde existem, está em estado precário, com buracos e desníveis que torna insuportável o trânsito de bicicletas”, avalia o ciclista Décio Viana.
O grupo de ciclistas amadores utiliza como treino para as competições, vias expressas como a Linha Azul, Industrial, e Linha Verde. Na opinião de Décio, a instalação de ciclo faixas, além de melhorias na iluminação ajudaria a reduzir o número de acidentes na cidade.
“Infelizmente a má sinalização da estrada faz com que os usuários dessas vias redobrem a atenção. A iluminação é péssima, o acostamento é utilizado como estacionamento dos ônibus da SIT, há animais na pista, além da imprudência de motoristas e motociclistas. Muitos de nós já fomos jogados para o acostamento, porque alguns motoristas de ônibus não respeitam a distância de 1,5 metro da pista para o acostamento”, explica o ciclista.
No que
depender das vias específicas, a prática ecologicamente correta no transporte
pode permanecer sem segurança. Segundo eles são muitas as vias em estado
precário no município de Macaé. Como, por exemplo, a da Linha Azul. Alguns
trechos não possuem nenhuma iluminação dificultando a prática do esporte
durante a noite não só pela falta de visibilidade como também pela segurança. A
via que tem cerca de oito quilômetros só possui um radar em cada sentido.
Os
acidentes envolvendo ciclistas na Linha Azul não acontecem somente a noite. Na
semana passada, um ciclista morreu após ser atropelado por um carro de passeio,
próximo a Águas Maravilhosas. O veículo vinha em alta velocidade e atingiu o
homem de 30 anos que pedalava pelo acostamento.
Conscientização
A adoção
da bicicleta na cidade entre os moradores é cultural. A além do fator
econômico, existe também a mobilidade que o meio de transporte oferece. O
número de casos de acidentes envolvendo ciclistas é preocupante.
Ações que visem educar, orientar e sensibilizar os condutores sobre os direitos e deveres no trânsito, ajudariam a reduzir o número de mortes. Todo ciclista tem alguma sugestão para melhorar a cidade e, ainda que algumas delas sejam conflitantes, temos todos o mesmo objetivo: uma cidade mais segura, agradável e ciclável, para nós e nossos filhos.
Dicas importantes para qualquer ciclista
Bicicleta é bicicleta; automóvel é automóvel;
Não use a bicicleta da mesma forma que usa um veículo
motorizado;
O caminho mais seguro para a bicicleta pode ser diferente do
automóvel;
Use um bom equipamento;
Seja o mais suave possível na condução da bicicleta;
Pedale à direita, em linha reta a 1 metro dos obstáculos;
Contramão NÃO! É a situação
mais perigosa para o ciclista;
Não brigue;
Não pedale depois de beber.
Onde os
acidentes acontecem?
95% dos acidentes acontecem nos
cruzamentos e esquinas;
Na contramão;
É muito difícil colisão por
trás do ciclista (não fique olhando para trás).
Fonte: Bertha Muniz/O Debate
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!