Reunião da OMPETRO. (Foto: Flavio Sardou) |
Foram anunciadas nesta
sexta-feira (8) as ações traçadas pelos prefeitos integrantes da Organização
dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), que se reuniram, em Campos dos
Goytacazes, na quinta-feira (7) para discutir ações contra a derrubada dos
vetos de presidente Dilma Roussef à lei que reformula os critérios de
distribuição dos royalties pela exploração de petróleo.
No encontro, que contou com a participação de prefeitos e
representantes das cidades de Macaé, Rio
das Ostras, Campos, São João da Barra, Quissamã, São Fidélis, Laje de Muriaé,
Cardoso Moreira e Itaocara, entre outras, os municípios produtores decidiram
solicitar uma audiência com o Governador do Rio, para apresentar as perdas de
cada município, caso os recursos sejam de fato redistribuídos. Eles também
pretendem ter acesso ao documento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin) que o governo estadual e Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj) estão elaborando com o intuito de impetrar no Supremo Tribunal
Federal.
Rio das Ostras teme perder 70% dos recursos
Prefeito Sabino, mostra o tamanho do prejuízo. |
Um dos municípios que participaram foi o de Rio das Ostras,
localizado na Região dos Lagos do Rio. De acordo com o prefeito da cidade,
Sabino, R$ 200 milhões por ano serão reduzidos da receita municipal com a
derrubada do veto. Segundo afirma, 70% dos recursos são oriundos da
arrecadação.
“A derrubada do veto foi um desastre
para os nosso município e para o Estado. Será muito difícil garantir a
sobrevivência econômica e fiscal sem os recursos dos royalties”, disse.
Entre os impactos sobre cidade, o prefeito afirma que já foram suspensos os projetos de construção de pronto-socorro, creches e escolas. E assim como o governo estadual, Sabino sinalizou a possibilidade de também suspender pagamentos relativos a contratos de execução de obras e fornecimento de serviços para “amenizar o impacto da diminuição dos recursos”, segundo argumenta.
Entre os impactos sobre cidade, o prefeito afirma que já foram suspensos os projetos de construção de pronto-socorro, creches e escolas. E assim como o governo estadual, Sabino sinalizou a possibilidade de também suspender pagamentos relativos a contratos de execução de obras e fornecimento de serviços para “amenizar o impacto da diminuição dos recursos”, segundo argumenta.
Prefeitos e representantes contra a derrubada do veto. (Foto: Flavio Sardou) |
Macaé acredita em manifestação pacífica e não vai parar serviços
A forma de manifestação caso o veto
se mantenha não foi de comum acordo entre os participantes da reunião. Ficou
acordado que cada município avaliará a melhor forma. Diferente de Rio das
Ostras, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, se posicionou a favor de uma
mobilização pacífica que não comprometa o cotidiano das pessoas, comércio,
empresas e seus trabalhadores.
“A indústria do petróleo é nossa
parceira e Macaé não vai agir deliberadamente, impedindo o funcionamento de
serviços públicos e particulares essenciais para o cotidiano dos macaenses. Não
vamos fechar estradas, ruas, aeroportos e nenhum outro espaço que possa pôr em
conflito a indústria do petróleo e gás. Temos sim que nos manifestar, mas de
forma clara, transparente e ordeira”, declarou o prefeito, completando:
“Acreditamos que temos que dar um exemplo ao restante do país que não soube nos
respeitar e, qualquer ação que gere alguma hostilidade, depõe contra a nossa
região, uma região que precisa aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) dando exemplo de civilidade e compreensão, na certeza de que a justiça
será feita em favor dos nossos direitos”, completou.
Em Macaé, caso a redistribuição dos
royalties ocorra, a estimativa é que em 2013 haja perda de R$ 193 milhões. “Com
um repasse de cerca de R$ 500 milhões anuais, o município passará a receber
somente R$ 60 milhões já em 2020, comprometendo a realização de investimentos
importantes e fundamentais para o desenvolvimento da cidade e para a diminuição
dos impactos e mazelas sociais oriundas da atividade petrolífera no município,
com uma produção 300% maior do que a realizada atualmente”, estima o prefeito.
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