Grupo se concentrou na Praça José Pereira Câmara, no Centro
O Dia
Internacional da Mulher, comemorado na sexta-feira (8), foi marcado por
manifestação de moradores e movimentos sociais em Rio das Ostras, com o objetivo de alertar sobre uma estatística
preocupante: o grande número de estupros cometidos na cidade.
O alerta vem de pessoas e organizações que
trabalham com mulheres que sofreram violência no município. Um grupo,
denominado "Chega de Estupros em Rio das Ostras" , partiu da iniciativa
de professores da Universidade Federal Fluminense, e também foi criado para
debater o tema e pensar em ações que ajudem no combate à violência.
“Criamos
uma carta com 24 reivindicações que será entregue ao poder público. Criamos o
grupo porque também somos moradores e ficamos impressionados com a violência de
gênero na cidade, principalmente com os estupros”, explicou a professora de
Serviço Social Paula Sirelli.
Nesta
sexta-feira (8) o grupo se concentrou na Praça José Pereira Câmara, no Centro
de Rio das Ostras, com cartazes, cartilhas sobre violência e materiais para
chamar a atenção da população. Elas reivindicam, entre outras coisas, aumento
do policiamento, construção de uma delegacia da mulher, iluminação pública,
capina de terrenos baldios, capacitação de profissionais que atendem mulheres e
campanha educativa nas escolas.
Em 2012 foram 52 estupros contra mulheres
registrados em Rio das Ostras. Já no estado do Rio de Janeiro, de acordo com
informações do Instituto de Segurança Pública, 6.029 foram registrados, número
superior ao de 2011, de 4.871.
“A
gente só pode acompanhar os casos que nos são enviados, ou os que nos procuram.
Só podemos fazer acompanhamento dos números registrados. Atendemos casos de
violência em geral, mas ainda há um número baixo, pelo fato de as pessoas não
terem condições de fazer registro, algumas têm medo”, relata a Coordenadora da
Casa da Mulher de Rio das Ostras, Andrea Morata. Na cidade, a casa, que reúne
cerca de 40 mulheres, é a única instituição que atende as vítimas de violência.
“Encaminhamos ao hospital e fazemos um acompanhamento social e psicológico,
vamos à delegacia e damos todo o suporte”, acrescenta.
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