Navio polar
Almirante Maximiano,
incorporado à
frota da Marinha Brasileira
em 2009 e
usado em missões na Antártica.
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Embarcação Almirante Maximiano abriga laboratórios para cientistas.
'Tio Max' é alternativa à estação científica destruída por incêndio em 2012.
Um navio de quase R$ 100 milhões pertencente à Marinha do Brasil é um dos principais protagonistas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que é mantido pelo governo e mobiliza cientistas do país que estudam o Polo Sul para descobrir detalhes de como o continente impacta a vida do homem e quais as consequências sofridas pela região em decorrência da atividade humana.
O G1 está em Punta Arenas,
cidade na Patagônia Chilena, de onde partirá nesta terça-feira (5), se a
meteorologia permitir, em direção à Antártica, região em que o Brasil mantém
atividades científicas mesmo após um incêndio ter destruído, em fevereiro de
2012, a Estação Comandante Ferraz, que matou duas pessoas e provocou a perda de
40% do conteúdo científico levantado no local.
Capitão Newton Calvoso Pinto Homem,
comandante do 'Tio Max', apresenta
cabine de comando do navio polar.
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Incorporado à
frota em 2009, o navio polar Almirante Maximiano faz companhia na Antártica ao
navio oceanográfico Ary Rongel. Atualmente, os dois são os principais núcleos
de estudos brasileiros no continente, pois abrigam laboratórios e são
preparados para enfrentar um clima hostil, com temperatura muitas vezes abaixo
de zero.
Após quase dez
dias parado no porto de Punta Arenas, o "Tio Max", como é chamado
pelos marinheiros, parte nesta terça-feira em direção à Antártica, levando a
bordo 25 cientistas, responsáveis por estudos no continente gelado. É a quarta
missão do navio em direção à península. As viagens começaram em 6 de outubro de
2012 e têm previsão de terminar em abril deste ano.
Helicóptero
usado durante missão
da Marinha
na Antártica
é guardado
no navio.
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Infraestrutura
Com mais de 93 metros de comprimento, 13 metros de largura e peso de 5,5 mil toneladas, a embarcação consegue transportar 113 pessoas a bordo – vagas divididas entre militares e cientistas.
Com mais de 93 metros de comprimento, 13 metros de largura e peso de 5,5 mil toneladas, a embarcação consegue transportar 113 pessoas a bordo – vagas divididas entre militares e cientistas.
Equipado com
cinco laboratórios de pesquisas, o navio, que, apesar de seu tamanho
gigantesco, pode ser operado com apenas um joystick, abriga equipamentos para
estudos geológicos, sobre a biodiversidade marinha e também a respeito das
mudanças climáticas.
Os itens,
necessários para a investigação de diversos assuntos – como o efeito das
correntes antárticas no clima brasileiro ou como o degelo causado pela elevação
da temperatura global afeta a economia e a vida das pessoas – custaram
aproximadamente R$ 22,3 milhões ao governo brasileiro.
Um dos
equipamentos é um guincho geológico, que pode alcançar até 10 km de
profundidade e é usado para colher amostras do solo antártico.
Há ainda um
heliponto e dois helicópteros, que fazem o transporte de suprimentos para os
cientistas que ficam acampados no interior do continente, concentrados em
pesquisas.
De acordo com o
capitão-de-mar-e-guerra Newton Calvoso Pinto Homem, comandante do Almirante
Maximiano, o navio é preparado para enfrentar tempestades intensas e ondas que
podem ultrapassar os dez metros de altura.
Ele conta que
um dos maiores desafios é a Passagem de Drake, trecho obrigatório da viagem
entre o continente sul-americano e a Península Antártica, considerado uma das
zonas com a pior condição meteorológica do mundo.
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