Estruturas emergenciais substituirão estação incendiada em 2012.
Na quinta-feira
(7), começaram a ser posicionados na Estação Antártica Comandante
Ferraz os contêineres que formarão o Módulo Antártico Emergencial, que deve
ficar pronto até março para abrigar cientistas e militares.
Os materiais
terminaram de ser descarregados na quarta-feira e já estão posicionados na
antiga pista de pouso para helicópteros. De acordo com o chefe da estação,
Paulo Cesar Galdino de Souza, cerca de 100 pessoas trabalham na operação.
A estrutura de
emergência vai permitir o trabalho de cientistas brasileiros na região,
prejudicado pelo incêndio que destruiu grande parte da base e matou dois
militares da Marinha em fevereiro de 2012.
Equipes do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) farão a manutenção dos
equipamentos de meteorologia e captação de dados climáticos. Ao mesmo tempo,
técnicos do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vão analisar os impactos
ambientais causados pelo incêndio ocorrido em 2012.
Enquanto os
especialistas trabalham na reconstrução -- que ainda levará alguns anos -- a
atual expedição brasileira se hospeda na base chilena Eduardo Frei.
Atraso
A expedição acompanhada chegou à Antártica com dois dias de atraso, em função do mau tempo que impedia os voos para o continente gelado.
A expedição acompanhada chegou à Antártica com dois dias de atraso, em função do mau tempo que impedia os voos para o continente gelado.
De acordo com
comandante Ricardo Parpagnoli, coordenador do voo que finalmente
alcançou a Antártica, os ventos estavam muito intensos na região polar e não
havia como enxergar a pista de pouso na base Frei, que tem apenas um quilômetro
de comprimento.
Navio caro
Um navio de quase R$ 100 milhões pertencente à Marinha é um dos principais protagonistas do Proantar, o Programa Antártico Brasileiro.
Um navio de quase R$ 100 milhões pertencente à Marinha é um dos principais protagonistas do Proantar, o Programa Antártico Brasileiro.
Chamado de
Almirante Maximiliano, o navio é mantido pelo governo federal e mobiliza
pesquisadores do país que estudam o Polo Sul.
Os cientistas
querem descobrir detalhes de como o continente impacta a vida da humanidade e
quais as consequências sofridas pela região em decorrência da atividade humana.
Incorporado à
frota em 2009, o navio polar Almirante Maximiano faz companhia na Antártica ao
navio oceanográfico Ary Rongel. Atualmente, os dois são os principais núcleos
de estudos brasileiros no continente, pois abrigam laboratórios e são
preparados para enfrentar um clima hostil, com temperatura muitas vezes abaixo
de zero.
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