KMOS
ajudará a entender como sistemas evoluíram no início do Universo.
Instrumento europeu tem braços robóticos e mais de mil superfícies ópticas.
Um
novo instrumento inaugurado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile,
será capaz de registrar e estudar 24 galáxias ao mesmo tempo em luz
infravermelha. O KMOS vai fornecer dados que ajudarão a entender como galáxias
distantes cresceram e evoluíram no começo do Universo.
Construído
por um consórcio de cinco universidades e institutos do Reino Unido e da
Alemanha, em parceria com o ESO, o aparelho acaba de ser testado com sucesso no
Very Large Telescope (VLT), em Paranal, no deserto do Atacama. Ele reúne 24
braços robóticos – um para cada galáxia analisada – e mais de mil superfícies
ópticas.
De
agosto até agora, o KMOS foi enviado da Europa para o Chile, montado, avaliado
e instalado. Foram oito anos de planejamento, concepção e construção até pôr
esse instrumento de segunda geração para funcionar. Antes dele, foi instalado
no VLT o X-shooter, capaz de ver todo o espectro de radiação e comprimento de
onda de um objeto, desde o ultravioleta até o infravermelho.
Segundo
o co-pesquisador Ray Sharples, da Universidade de Durham, no Reino Unido,
"a equipe aguarda com expectativa as muitas descobertas científicas
futuras" do KMOS.
Em
questão de meses, o instrumento poderá fazer duas coisas simultâneas para
observar as galáxias em suas fases iniciais: observar muitos objetos ao mesmo
tempo e mapear as características de cada um, que variam de uma região para
outra. Até agora, os astrônomos só podiam fazer uma coisa de cada vez – ou
captar muitos objetos ao mesmo tempo, ou analisar com detalhes um só.
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