Trabalho realizado no interior do Rio de Janeiro tem importância vital para tamanho crescimento.
Número de indivíduos passou de 200 para 1.700 no país.
No início
dos anos 1990, avistar um mico-leão-dourado na natureza era coisa raríssima.
Fãs de calor e terras baixas, os macacos foram fortemente afetados pela perda
de seu habitat na baixada litorânea fluminense. Com apenas 2% de áreas
remanescentes de Mata Atlântica naquela região, a população foi reduzida a
cerca de 200 indivíduos e a espécie foi considerada criticamente ameaçada de
extinção.
Provavelmente o maior símbolo da perda de biodiversidade no Brasil, o mico-leão mobilizou comunidades, cientistas e ambientalistas e, após 20 anos de seu projeto de salvamento, hoje ele vive uma situação um pouco mais confortável.
Em 2003, quando passou de pouco mais de mil indivíduos, o animal conseguiu sair da categoria de criticamente ameaçado para a de apenas ameaçado pelo levantamento da União Internacional pela Conservação da Natureza.
Recentemente foram contabilizados 1.700 exemplares vivendo na área de oito municípios fluminenses: Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Saquarema, Rio Bonito e Araruama. É o único lugar no mundo onde o animal vive na natureza.
Isso foi possível por causa de uma série de iniciativas que combinaram a reintrodução de indivíduos na natureza, estudos de reprodução e comportamento. Diariamente, voluntários vão à mata checar se há novos filhotes e como os animais estão se relacionando. Foram feitas transferências de indivíduos de um lugar para o outro, além da criação de novos grupos. Tudo para garantir mais variabilidade genética.
Outro esforço tão ou mais importante foi o de recuperar o hábitat do animal. Desde que começaram os trabalhos de salvamento da espécie, a oferta de área para o mico viver cresceu 140%.
Atualmente, entre áreas florestais protegidas e corredores interligando esses remanescentes de Mata Atlântica, há cerca de 10 mil hectares. Na comemoração dos 20 anos da Associação Mico-Leão-Dourado, o desafio é aumentar ainda mais essa área onde esses animais vivem para permitir que se atinja uma população viável.
Segundo Luis Paulo Ferraz, secretário executivo da associação, a meta é alcançar 2 mil indivíduos até 2025. Para isso, porém, é necessário mais que dobrar a área - para 25 mil hectares.
Mais áreas. "Hoje a população já tem condições de facilmente atingir esse número, mas só isso não garante o salvamento da espécie se não tiver o hábitat. Nossa estimativa é de que um grupo de micos, que é de pai, mãe e filhotes, necessite de pelo menos50
hectares para viver", explica.
"A maior dificuldade é o fato de o mico ser muito exigente. Ele não sobe a serra, que é o que mais temos aqui na região. Não gosta de frio, então ele não ocupa floresta acima de500
metros de altitude. Ele gosta de áreas planas, coitado,
mas é exatamente onde estão as fazendas, as cidades."
Por isso, parte do sucesso em ampliar a área de ocorrência foi ter envolvido os proprietários de terra. Na região há uma reserva biológica, a de Poço das Antas, com cerca de 5 mil hectares (mas que depende de restauração de vegetação), e uma reserva da união com 2,5 mil hectares. O resto foi garantido com a articulação de moradores que toparam não desmatar suas terras e as transformaramem
Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs).
Provavelmente o maior símbolo da perda de biodiversidade no Brasil, o mico-leão mobilizou comunidades, cientistas e ambientalistas e, após 20 anos de seu projeto de salvamento, hoje ele vive uma situação um pouco mais confortável.
Em 2003, quando passou de pouco mais de mil indivíduos, o animal conseguiu sair da categoria de criticamente ameaçado para a de apenas ameaçado pelo levantamento da União Internacional pela Conservação da Natureza.
Recentemente foram contabilizados 1.700 exemplares vivendo na área de oito municípios fluminenses: Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Saquarema, Rio Bonito e Araruama. É o único lugar no mundo onde o animal vive na natureza.
Isso foi possível por causa de uma série de iniciativas que combinaram a reintrodução de indivíduos na natureza, estudos de reprodução e comportamento. Diariamente, voluntários vão à mata checar se há novos filhotes e como os animais estão se relacionando. Foram feitas transferências de indivíduos de um lugar para o outro, além da criação de novos grupos. Tudo para garantir mais variabilidade genética.
Outro esforço tão ou mais importante foi o de recuperar o hábitat do animal. Desde que começaram os trabalhos de salvamento da espécie, a oferta de área para o mico viver cresceu 140%.
Atualmente, entre áreas florestais protegidas e corredores interligando esses remanescentes de Mata Atlântica, há cerca de 10 mil hectares. Na comemoração dos 20 anos da Associação Mico-Leão-Dourado, o desafio é aumentar ainda mais essa área onde esses animais vivem para permitir que se atinja uma população viável.
Segundo Luis Paulo Ferraz, secretário executivo da associação, a meta é alcançar 2 mil indivíduos até 2025. Para isso, porém, é necessário mais que dobrar a área - para 25 mil hectares.
Mais áreas. "Hoje a população já tem condições de facilmente atingir esse número, mas só isso não garante o salvamento da espécie se não tiver o hábitat. Nossa estimativa é de que um grupo de micos, que é de pai, mãe e filhotes, necessite de pelo menos
"A maior dificuldade é o fato de o mico ser muito exigente. Ele não sobe a serra, que é o que mais temos aqui na região. Não gosta de frio, então ele não ocupa floresta acima de
Por isso, parte do sucesso em ampliar a área de ocorrência foi ter envolvido os proprietários de terra. Na região há uma reserva biológica, a de Poço das Antas, com cerca de 5 mil hectares (mas que depende de restauração de vegetação), e uma reserva da união com 2,5 mil hectares. O resto foi garantido com a articulação de moradores que toparam não desmatar suas terras e as transformaram
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