Jafar Pahani, diretor iraniano, venceu o Nobel da Paz. |
Jafar
Panahi e Nasrin Sotudeh levam o Prêmio Sakharov, de 50 mil euros.
Premiação simboliza um 'não' ao regime iraniano, disse o Europarlamento.
O
Parlamento Europeu concedeu nesta sexta-feira (26) o prêmio Sakharov, o Nobel
da Paz europeu, ao cineasta iraniano Jafar Panahi e para sua compatriota Nasrin
Sotudeh, advogada, ambos condenados a longas penas em seu país, anunciou o
presidente Martin Schulz.
Os líderes
das bancadas do Europarlamento, reunidos em Estrasburgo (leste da França),
decidiram por unanimidade conceder o prêmio aos dois iranianos, que competiam
com as três integrantes do grupo punk russo Pussy Riot e com o dissidente
bielorrusso Ales Beliatski, explicou Schulz.
'Queremos
manifestar nossa admiração por uma mulher e um homem que resistem à intimidação
da qual os iranianos são vítimas', explicou o social-democrata alemão que
preside o Parlamento Europeu.
A
atribuição deste prêmio, segundo Schulz, 'deve ser interpretada como um 'NÃO'
muito claro ao regime iraniano', que 'não respeita nenhuma das liberdades
fundamentais'.
O Prêmio
Sakharov pela liberdade, que será entregue oficialmente no dia 12 de dezembro
em uma cerimônia e Estrasburgo, recompensa todos os anos um defensor dos
direitos humanos e da democracia.
O diretor
Panahi, de 52 anos, conhecido por suas ácidas sátiras sociais, é um dos
cineastas da 'nova onda' iraniana mais conhecido no exterior, onde recebeu
vários prêmios de grandes festivais.
No fim de
2010 foi condenado a seis anos de prisão e a 20 anos de proibição de filmar,
viajar ou se manifestar, apesar da mobilização internacional a seu favor. Ele
está em liberdade.
Sotudeh, de
49 anos, é uma advogada que foi condenada em janeiro de 2011 a 11 anos de prisão,
assim como a 20 anos de proibição de exercer sua profissão de advogada e a
abandonar o Irã, por 'ações contra a segurança nacional, propaganda contra o
regime e pertencimento ao Centro de Defensores dos Direitos Humanos' iraniano,
fundado pela prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi. 'Convoco as autoridades
iranianas a fazerem tudo para que Nasrin Sotudeh e Jafar Panahi possam vir
recolher o prêmio', insistiu Schulz.
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