Quase um terço da população precisa de ajuda alimentar de emergência.
Mobilização internacional e chuvas ajudaram a inverter problema.
ONU anunciou nesta sexta-feira (3) o fim da fome crônica na Somália, mais de seis meses depois de ter declarado o problema no país, mas advertiu que quase um terço da população precisa de ajuda alimentar em caráter de emergência. "As Nações Unidas declaram o fim das condições de fome na Somália", afirma um comunicado do Serviço de Análises sobre a Segurança Alimentar na Somália da ONU (FSNAU).
A situação de fome crônica foi declarada pela ONU nas primeiras regiões do sul da Somália em 20 de julho do ano passado, após uma seca intensa, que se somou aos devastadores efeitos da guerra civil neste país do Chifre da África, privado de um governo central desde 1991. Apesar de tardia, a mobilização da comunidade internacional e uma temporada de chuvas muito forte permitiram inverter a tendência. Embora não seja possível calcular com exatidão o número de mortos, a Agência de Cooperação britânica estima que foram perdidas entre 50 mil e 100 mil vidas - mais da metade de crianças menores de 5 anos - entre os meses de abril e agosto de 2011, segundo o comunicado. As organizações 'Oxfam' e 'Save The Children' organizaram um relatório dizendo que "os sistemas de alarme previram uma emergência provável em agosto de 2010, mas a resposta em grande escala não se iniciou até julho de 2011."
"Atualmente" - afirmam - "a Somália continua com a crise alimentícia mais grave no mundo todo, com milhares de pessoas que ainda vivem em risco". Com esta situação, as ONGs elaboraram a 'Declaração para acabar com a fome extrema', na qual pedem aos governos que revisem seus modelos de resposta às crises alimentícias, assim como abordem as principais causas da fome extrema.
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