Eleito vice-presidente da Abramt, prefeito questiona Chevron | Rio das Ostras Jornal

Eleito vice-presidente da Abramt, prefeito questiona Chevron

No somatório, 384 litros de óleo vazaram – avalizou Pimenta, sendo questionado pelo presidente da Câmara
Audiência pública reúne autoridades que questionam superintendente de Meio Ambiente da Chevron 

Eleito vice-presidente da Associação Brasileira de Municípios com Terminais Marítimos, Fluviais, Terrestres de Embarque e Desembarque de Petróleo e Gás Natural (Abramt) na última sexta-feira (9), o prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Riverton Mussi voltou a questionar a Chevron sobre o vazamento de óleo na Bacia de Campos. 

Nesta segunda-feira (12), durante audiência pública na Câmara proposta pelo vereador Carlos Emir Júnior, o vice-presidente da Abramt quis saber se houve alguma intenção da petrolífera norte-americana de atingir o pré-sal com a perfuração que culminou no derrame de óleo.

- Precisamos saber se a perfuração teve intenção de chegar ao pré-sal – interrogou o prefeito. O superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Pimenta, escolhido como porta-voz da empresa desde o derrame de petróleo, descartou a possibilidade externada pelo prefeito e que também já foi ventilada por ambientalistas e especialistas do setor. Pimenta disse que o vazamento ocorreu a 1.182 metros de profundidade e que ficou contabilizado em 2,4 mil barris, embora o governo do Estado contraponha este número e acredite que tenha chegado a pelos menos 15 mil barris.

- No somatório, 384 litros de óleo vazaram – avalizou Pimenta, sendo questionado pelo presidente da Câmara, Paulo Antunes, que presidiu a sessão e pediu que o executivo repetisse os números, já que o IBAMA também contesta as divulgações da Chevron. Um dos números que mais chamou atenção foi uma fissura informada por Pimenta, de 257 metros. “Algumas fissuras foram identificadas, a maior delas de 257 metros, mas com uma largura de poucos centímetros”, detalhou o representante da petroleira.

O prefeito Riverton Mussi defendeu novamente a implantação de um Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro para nortear o uso sustentável dos recursos naturais da zona costeira, evitando a degradação ambiental. O presidente da Ompetro demonstrou preocupação com o impacto no ecossistema marítimo e frisou a importância dos representantes da população defenderem os interesses dos municípios produtores de petróleo na luta pela permanência da Lei do Petróleo no pós-sal e nas áreas licitadas do pré-sal.

- O impacto acontece nos municípios produtores, sempre. Por isso não abrimos mão dos royalties no pós-sal e no pré-sal licitados, que são direitos adquiridos dos municípios – ressaltou o prefeito, que como vice-presidente da Abramt vai reforçar a luta para a manutenção dos royalties para os 21 municípios afetados que são associados à entidade. No substitutivo do senador Vital do Rêgo, a parcela de royalties para cidades afetadas registra retração de 8,75% para 3% em 2012, chegando a 2% em 2020. “Vamos mostrar a importância desses municípios para o arranjo produtivo do petróleo”, frisou.
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