Após um quadro de infarto do miocárdio, o tratamento pode ser feito com medicamentos trombolíticos ou por angioplastia coronariana.
“O infarto acontece quando há interrupção súbita do fluxo de sangue por uma artéria coronária, responsável por suprir uma determinada porção do músculo cardíaco”.
O sinal mais comum do infarto agudo do miocárdio é a dor no peito, mas muitas vezes a presença desse único sintoma pode deixar dúvidas e retardar a procura pelo atendimento médico, comprometendo o diagnóstico e o tratamento dessa enfermidade. Por isso, cardiologistas alertam que, apesar de ocorrer silenciosamente em algumas situações, principalmente com idosos e diabéticos, 80% dos casos de infarto apresentam sintomas e a identificação precoce é fundamental para salvar a vida do paciente.
“O infarto acontece quando há interrupção súbita do fluxo de sangue por uma artéria coronária, responsável por suprir uma determinada porção do músculo cardíaco. Por isso, quanto mais precoce for a procura por atendimento médico, maior a quantidade de músculo cardíaco que poderá ser salva e menor será o dano causado à função do coração”, explica o Dr. João Alexandre Farjalla, cardiologista e hemodinamicista da Clínica Fluxo Hemodinâmica, em Macaé (RJ), único serviço na região que oferece aos pacientes técnicas menos invasivas para diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares.
De acordo com o médico, a dor no peito geralmente surge associada a sintomas como suor, palidez, náuseas e vômitos e em situações de maior gravidade podem ocorrer também sinais como falta de ar, tonturas e até desmaio. “O paciente deve procurar o serviço de saúde mais próximo tão logo perceba o surgimento dos primeiros sintomas de um infarto, pois o ideal é que o tratamento comece nas três primeiras horas do início dos sintomas, podendo ainda haver benefícios até as seis primeiras horas”, alerta o Dr. João Alexandre.
Após diagnóstico de um quadro de infarto do miocárdio, o tratamento para recuperação do músculo cardíaco pode ser feito de duas formas: com medicamentos trombolíticos ou por meio de angioplastia coronariana, técnica que permite a revascularização do coração através da introdução de um cateter por uma artéria da região da virilha ou do braço. O objetivo desse procedimento é desobstruir a artéria e reestabelecer o fluxo sanguíneo, possibilitando reduzir a perda da musculatura cardíaca. Na maioria dos casos, a angioplastia inclui a implantação de stents coronários, que consistem em próteses metálicas introduzidas pelo cateter, visando proporcionar menor taxa de reobstrução do vaso.
Segundo estudos, os dois tratamentos têm taxas de sucesso muito semelhantes na primeira hora após o início dos sintomas. Porém, de acordo com especialistas, a partir desse estágio observa-se que a angioplastia é sempre mais eficaz que os trombolíticos. Cabe ao médico definir qual dos procedimentos é mais adequado a cada caso, podendo ainda haver indicação de cirurgia cardíaca aos quadros mais graves.
Estudos apontam que antes do advento das técnicas de hemodinâmica e da utilização da angioplastia para tratamento do infarto agudo, além dos novos medicamentos e das unidades coronarianas, a taxa de mortalidade atingia a média de 50% e, atualmente, com esses recursos está em torno de 7%. No Brasil, a técnica foi aplicada pela primeira vez, em 1981, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Rapidamente, a sua aplicação se expandiu visto que, comparada aos procedimentos mais invasivos, a angioplastia é considerada extremamente simples. Hoje, em cada três intervenções para desobstrução arterial, apenas uma é cirurgia. As outras duas são angioplastias.
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