Tratamento menos invasivo de aneurisma diminui risco de lesões cerebrais | Rio das Ostras Jornal

Tratamento menos invasivo de aneurisma diminui risco de lesões cerebrais

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aneurisma cerebral atinge 5% da população mundial.
Anatomia do paciente precisa ser propícia ao tratamento endovascular

Silencioso na maioria dos casos, o aneurisma pode causar uma das manifestações mais graves de AVC (acidente vascular cerebral). Isso porque a doença provoca a dilatação anormal de uma artéria do cérebro, que pode se romper e causar sangramento, ocasionando o AVC hemorrágico, popularmente conhecido como derrame. O tratamento, antes restrito à cirurgia convencional, que envolve a abertura do crânio, pode ser realizado hoje com a utilização de métodos menos invasivos, via cateter. As principais vantagens das novas técnicas em relação às cirurgias tradicionais são a redução do risco de lesões cerebrais e do tempo de internação para os pacientes.
Atualmente, o método mais utilizado é a embolização endovascular, na qual o neurocirurgião preenche o interior do aneurisma com micro molas de titânio, através do cateter, impedindo a entrada de sangue e a ruptura do vaso. Contudo, especialistas afirmam que existem indicações específicas para a cirurgia tradicional e para a embolização. Segundo o Dr. Rangel Guimarães, neurocirurgião da Clínica Fluxo Hemodinâmica, “a anatomia do paciente precisa ser propícia ao tratamento endovascular para que os métodos menos invasivos sejam recomendados”, explica.

Outra técnica, mais recente, consiste na implantação de um stent (duto em forma de malha), por meio do cateter, na artéria portadora do aneurisma, redirecionando o fluxo sanguíneo em seu interior e permitindo a oclusão da dilatação do vaso. No caso de pacientes idosos, com risco cirúrgico alto ou sangramento, o tratamento endovascular é o mais indicado.

A maior parte dos casos de aneurisma cerebral está relacionada a fatores hereditários, hipertensão e tabagismo. Entre as manifestações mais frequentes da doença, estão a compressão do nervo óptico, que causa alterações na visão, e a cefaleia, principal indicador da patologia. Mas, de acordo com o Dr. Rangel, “normalmente quando o paciente tem a doença e apresenta dores de cabeça é porque o aneurisma já rompeu ou está prestes a romper”.

Por isso, médicos alertam que as pessoas precisam estar atentas à presença de fatores associados e, em caso de suspeita, devem procurar o serviço de saúde mais próximo para uma avaliação clínica e radiológica, se for necessário aprofundamento da análise. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aneurisma cerebral atinge 5% da população mundial. De acordo com especialistas, a doença é 80% mais comum em pessoas com idade média de 30 anos.

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