Das 34 prisões, 20 foram em Araruama e São Pedro.
Veículos recebiam selo de vistoria sem passar pela avaliação do departamento.
Uma operação para combater fraudes em postos de vistoria do Detran prendeu 34 pessoas, 20 delas só em São Pedro da Aldeia e Araruama. Segundo as investigações, veículos recebiam selo de vistoria sem passar pela avaliação do departamento. Ao todo, 66 pessoas estão sendo investigadas. Em Araruama, os motoristas com vistoria ou retirada de documento agendadas para esta quarta-feira (23) não passaram do portão. O posto foi interditado. Promotores, corregedores do Detran, Grupo de Apoio e policiais civis fizeram uma varredura no setor administrativo e de vistorias. A 'Operação Direção Oposta' cumpriu 44 mandados de busca e apreensão e 45 de prisão em diversas cidades do estado do Rio. Na Região dos Lagos os alvos foram os postos de Araruama e São Pedro da Aldeia. Cerca de 20 pessoas que trabalhavam nos nestes dois postos e prestavam serviços para o Detran foram presas.
A investigação começou em fevereiro. A suspeita é de que veículos estariam recebendo o selo de vistoria sem passar pela avaliação do Detran. Neste período de nove meses, mais de 500 veículos teriam sido liberados desta forma.
Os presos foram levados para a Academia de Polícia Civil no Rio de Janeiro. Eles podem responder pelos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos no sistema do Detran, falsidade ideológica, peculato e formação de quadrilha. Os outros funcionários dos postos de Araruama e São Pedro da Aldeia foram afastados. O Detran informou que vai enviar equipes aos postos para que o atendimento seja normalizado. Quem não conseguir fazer a vistoria deve comparecer a alguma unidade em uma semana.
Essa não é a primeira vez que postos do Detran são alvo de operação. No fim do mês passado, a corregedoria do departamento descobriu um grande esquema de corrupção em Rio Bonito. Funcionários do Detran, além de prestadores de serviço e empregados de 24 auto escolas foram presos. As investigações apontaram que eles cobravam propina que variava de R$ 800 a R$ 4 mil para livrar os candidatos das etapas de emissão de carteiras. Com isso, eles não faziam as provas. Cerca de 200 pessoas eram aprovadas por mês, sem precisar comparecer aos locais de provas.
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