O policial João Dias Ferreira, após depoimento na PF sobre acusações ao ministro do Esporte, Orlando Silva. |
João Dias Ferreira disse ter gravação que será 'nocaute' em Orlando Silva.
Após depoimento de mais de 7 horas, PM pediu proteção especial da PF.
O policial militar João Dias Ferreira, que acusa o ministro do Esporte, Orlando Silva, de comandar um esquema de corrupção na pasta, afirmou que "entre 15 e 20 pessoas estão envolvidas" em desvios de recursos públicos da pasta repassados a ONGs. Ele diz que apresentou os nomes aos delegados da Polícia Federal durante seu depoimento nesta quarta-feira (19), que durou mais de sete horas e meia na Superintendência da corporação no Distrito Federal.
Ao sair, por volta das 22h50 desta noite, ele não apresentou em público as supostas provas. "Eu não posso detalhar o que nós trouxemos de novidade hoje, sob pena da lei. Mas continuo confirmando tudo que eu disse até agora sobre o sistema operacionado [sic] pelo PC do B".
Em depoimento no Senado nesta quarta, Orlando Silva repetiu que "não houve, não há e nem haverá" provas de seu suposto envolvimento (leia abaixo).
João Dias diz que os supostos envolvidos são integrantes do primeiro e segundo escalões do Ministério do Esporte, além de membros de ONGs. Todos, segundo ele, deverão ser convidados para prestar esclarecimentos na próxima semana. A PF não se manifestou.
Ainda de acordo com Dias, foram apresentadas à PF trechos de gravações de áudio que mostram a participação de quatro pessoas da alta cúpula, cujos nomes também não revelou. Na próxima segunda-feira (24), João Dias disse que irá apresentar à PF o conteúdo completo da gravação.
Ainda de acordo com Dias, foram apresentadas à PF trechos de gravações de áudio que mostram a participação de quatro pessoas da alta cúpula, cujos nomes também não revelou. Na próxima segunda-feira (24), João Dias disse que irá apresentar à PF o conteúdo completo da gravação.
O policial disse que a peça será o "nocaute final" no ministro. "Eu afirmo e reafirmo: existe um esquema de corrupção dentro do ministério", enfatizou.
João Dias disse que pediu proteção especial da Polícia Federal, oferecida na terça (18) pelo Ministério da Justiça a pedido do PSDB.
Denúncias
João Dias Ferreira é o pivô das denúnciascontra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério. O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
João Dias Ferreira é o pivô das denúnciascontra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério. O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
Defesa
Em audiência no Senado nesta quarta, Orlando Silva reiterou que "não houve, não há e não haverá provas" de seu suposto envolvimento. "Desafio que sejam apresentadas provas", disse. Afirmou ainda que a denúncias sobre recebimento de propina é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério. "O que se pretende é tirar um ministro de Estado, do governo, no grito", declarou.
Orlando negou a existência do esquema e disse que, nos casos em que foram detectados irregularidades, o ministério solicitou a devolução da verba. Ele afirmou ainda que o programa Segundo Tempo possui regras, critérios técnicos, acompanhamento e fiscalização de contas.
Em audiência no Senado nesta quarta, Orlando Silva reiterou que "não houve, não há e não haverá provas" de seu suposto envolvimento. "Desafio que sejam apresentadas provas", disse. Afirmou ainda que a denúncias sobre recebimento de propina é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério. "O que se pretende é tirar um ministro de Estado, do governo, no grito", declarou.
Orlando negou a existência do esquema e disse que, nos casos em que foram detectados irregularidades, o ministério solicitou a devolução da verba. Ele afirmou ainda que o programa Segundo Tempo possui regras, critérios técnicos, acompanhamento e fiscalização de contas.
O ministro também falou sobre o processo na Justiça Federal contra João Dias, acusado de desvios de recursos do Ministério do Esporte repassados por meio do programa Segundo Tempo a duas ONGs pelas quais ele é responsável.
"Vamos exigir a devolução de cada centavo que esse delinquente desviou", disse o ministro ao se referir ao policial. Silva voltou a dizer que se encontrou com João Dias "somente uma vez a pedido de Agnelo Queiroz [governador do Distrito Federal]". Ele disse considerar o governador "uma pessoa honrada".
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