Dos oito médicos, apenas um continua em atividade.
Pacientes na frente do hospital falam da falta de atendimento; ex-diretora assume crise administrativa.
Sem médicos e imerso em uma crise administrativa, o Hospital estadual de Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu, não tem conseguido dar conta dos casos de urgência e emergência. Quase todos os funcionários pediram exoneração e o salário de R$ 2.700 não tem atraído novos profissionais. Dos 8 médicos que atendiam sobrou somente um plantonista. Até mesmo a diretora do hospital da unidade pediu exoneração do cargo. Em meio a situação, só a equipe de enfermagem continuou.
A ex-diretora Vanessa Vidal ficou 1 ano e 7 meses no hospital, mas em junho pediu exoneração, porque apesar da unidade ser estadual, de acordo com ela, o local estaria sofrendo interferência política do município de Casimiro de Abreu. Em entrevista, a profissional afirmou ter sofrido pressões políticas para, por exemplo, ceder dependências do hospital para atendimentos que deveriam ser feitos pelo Hospital municipal de Casimiro, atitude que, em sua visão, é irregular. Mesmo assim, Vanessa permanece a frente da unidade até que um outro administrador seja nomeado, já que o novo diretor escolhido há pouco tempo faleceu logo após ter assumido o cargo.
O hospital, que apesar de tudo tem uma boa estruturra, não dá conta de tantos pacientes. O laboratório está equipado para fazer desde simples exames até os de alta complexidade. A farmácia, por exemplo, funciona 24h. Os leitos estão prontos, só que há um mês 95% dos atendimentos foram suspensos. A sala de espera, os consultórios e todos os cômodos estão vazios por falta de médicos.
O local deveria ter pelo menos 8 médicos por plantão em 5 áreas, mas em sua frente não falta quem precise de assistência. Selma Rodrigues,médica intensivista e anestesista, conta que atende os pacientes na medida do possível. De acordo com ela, o que não dá para ser atendido na unidade da cidade é encaminhado para outros hospitais.
A secretaria de Saúde negou qualquer tipo de interferência na administração do hospital, e afirmou ter apenas uma parceria para solucionar os problemas antigos de atendimento na unidade. Já a superintendente de unidades da secretaria estadual de Saúde, Valéria Moll, disse que está tentando contratar médicos para substituir os que se demitiram e que desconhece qualquer tipo de intervenção municipal na gestão hospitalar.
Até que haja uma solução para o impasse, a população sofre pela falta de atendimento. Confira no video o depoimento de pacientes que encontram dificuldades no Hospital estadual de Barra de São João.
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