Os profissionais de Acolhimento da Unidade é um grupo de enfermeiros e técnicos de enfermagem para realizar o primeiro atendimento aos pacientes
Acolhimento prioriza casos mais graves, agiliza e humaniza o atendimento
Nesta semana, um grupo de enfermeiros e técnicos de enfermagem recém-ingressos na Prefeitura pelo concurso público está passando por uma qualificação para atuar no Pronto Socorro. Os profissionais vão formar a equipe de Acolhimento da unidade, responsáveis por realizar o primeiro atendimento aos pacientes, que são ainda orientados e encaminhados conforme a necessidade e urgência de cada caso.
A coordenadora de enfermagem do Pronto Socorro, Roselene Ramalho, é a responsável pelo treinamento da equipe. Ela explica que o procedimento atende às recomendações do Ministério da Saúde, voltadas para a humanização do contato entre a equipe de saúde e o usuário da rede pública.
“O principal objetivo é oferecer o atendimento mais completo possível a quem busca o Pronto Socorro. O acolhimento agiliza o atendimento, diminui a ansiedade das pessoas, aumenta a satisfação do paciente e cria um ambiente de trabalho mais equilibrado para os profissionais de Saúde”, explica Roselene Ramalho, acrescentando que um pré-atendimento bem feito também reduz a possibilidade de agravar o quadro do paciente.
PROCEDIMENTOS – Assim que o paciente chega à unidade, o enfermeiro e o técnico vão identificar a principal queixa e fazer uma classificação de risco. Os casos de emergência – como politraumatismos graves, acidente vascular cerebral (AVC) e infartos – continuam sendo atendidos imediatamente. Em situações em que não há risco de morte, a pessoa será acolhida, orientada sobre sua situação e informada sobre o tempo de espera, enquanto aguarda o atendimento.
Além de orientação ao paciente, os técnicos também podem, neste primeiro contato, verificar pressão arterial e fazer outros exames físicos. O acolhimento também é essencial ao atendimento rápido de pacientes com dores no peito, possível sintoma de infarto, que devem ser encaminhados à Unidade de Dor Torácica – UDT.
Paulo Roberto de Azevedo, morador de Nova Cidade, passou mal e foi levado ao Pronto Socorro. Acolhido imediatamente pela enfermeira Karolline Nery, o paciente teve sua pressão arterial e temperatura aferidos. Depois de identificados os sintomas, o morador foi encaminhado ao atendimento médico e realizou exames de sangue.
INFORMAÇÃO - A coordenadora explica que as unidades de emergência têm normalmente uma imagem negativa dada as condições em que as pessoas buscam os pronto-socorros. “Ouvir o paciente e preparar o ambiente para recebê-lo é muito importante para mudar essa imagem”, completa a enfermeira.
A informação correta também contribui para reduzir o número de atendimentos não-emergenciais no Pronto Socorro. Atualmente, há um grande número de pacientes com demandas como diarréia e vômito em fase inicial, realização de curativos, suturas e atendimento a queimaduras leves.
Nesses casos, quando o paciente não necessita de socorro imediato, ele não deixará de ser atendido, porém será orientado a procurar os postos de saúde ou outras unidades para continuar ao tratamento. A orientação correta desafoga o serviço de emergência e contribui para dar mais agilidade ao atendimento dos casos graves.
A enfermeira esclarece também que o acolhimento serve para identificar os casos que têm origem em problemas sociais, como os problemas emocionais e casos de violência psicológica, encaminhados aos assistentes sociais. Os profissionais também identificam e registram situações de violência contra a mulher, por meio da ficha de identificação.
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