Ruas da parte baixa do município permanecem encobertas de lama.
Falta água potável e comércio continua fechado na parte afetada da cidade.
Alagado pela cheia do Rio Piabanha, que corta a cidade, o município de Areal continua sofrendo com a chuva que castiga a Região Serrana do Rio desde a terça-feira (11). Pelo menos 700 pessoas continuam desabrigadas na cidade, e, segundo a prefeitura, falta água potável e as lojas na parte baixa do município permanecem fechadas, deixando os moradores sem comida e itens de higiene pessoal.
O fornecimento de água no município é feito por uma autarquia da prefeitura de Areal. Segundo o órgão, ainda não há previsão de retorno do serviço.
Ainda de acordo com a prefeitura, as ruas de Areal continuam encobertas de lama. Mercados, açougues e outras lojas tiveram seus estoques atingidos. Várias casas da cidade estão sem os muros da frente e outras chegaram a ficar completamente destruídas pela força das águas.
Desde terça-feira (11), as chuvas na Região Serrana do Rio devastaram também os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro, causando muita destruição e a morte de mais de 500 pessoas.
Carro de som avisou moradores
sobre abertura de barragem
Segundo a prefeitura, na quarta-feira (12), as autoridades do município foram avisadas da abertura das comportas da barragem Morro Grande, que fica em Areal. Rapidamente, um carro de som circulou pela cidade, pedindo para que os moradores saíssem de suas casas.
Ainda de acordo com a prefeitura, o Rio Piabanha atingiu mais de seis metros. Mesmo com nível mais baixo, as marcas d'água permanecem nas casas. Várias famílias perderam tudo.
Maior tragédia do país
Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.
No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestte de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes. Relembre outras tragédias.
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