Prefeito acredita que população é maior do que 206.748 habitantes
Número de residências, matrículas e atendimentos na rede de saúde mostram crescimento da população no município
A divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que Macaé possui 206.748 habitantes ainda causa questionamento no governo municipal. Para o prefeito Riverton Mussi (PMDB), o número deveria chegar a pelo menos 220 mil, fora a população flutuante.
- Desde que ocorreu a quebra do monopólio da exploração do petróleo, Macaé vem recebendo muitos trabalhadores e suas famílias em busca de emprego. De 2005, quando assumimos a prefeitura, até hoje, tivemos que multiplicar investimentos em setores como saúde, educação, assistência social, habitação e infraestrutura urbana para receber esses novos moradores. E a demanda cresce a cada dia. Por ano, são quatro mil matrículas novas na rede de educação; em 2011, vamos precisar de R$ 130 milhões para manter o HPM. Tudo isso impacta no orçamento da prefeitura de Macaé, no qual, por mês, tiramos R$ 18 milhões dos royalties para trabalhos de manutenção, como merenda escolar, iluminação pública e transporte universitário, fora o que investimos em novas obras como a macrodrenagem e a infraestrutura dos bairros – afirmou o prefeito.
Segundo o IBGE, Macaé foi a quarta cidade do Estado do Rio que mais cresceu nos últimos dez anos, com taxa de 56,08%, atrás de Rio das Ostras (190,39%), Maricá (66,18%) e Casimiro de Abreu (59,68%). “Como sétima cidade do país na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de energia, a economia da cidade avança na área do petróleo e em setores como comércio, serviços e construção civil. A demanda para atender a população é impactada na prefeitura, que planeja desde o sistema viário, até o aumento das redes de saúde e educação, para assistir a população”, citou o prefeito, lembrando das inaugurações da Unidade de Emergências Pediátricas, Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Barra, Hospital da Serra, nova farmácia municipal como equipamentos de saúde que foram agregados à rede nos últimos anos.
Riverton lembrou que a macrodrenagem, dentro do Programa Água Limpa, onde são investidos R$ 277 milhões em obras para acabar com os pontos de alagamento na cidade, é outro exemplo do impacto do crescimento de Macaé. O objetivo das intervenções é garantir a ampliação do escoamento da água pluvial de 1,5 mil litros por segundo para dez mil litros por segundo. A obra projeta o crescimento do município para os próximos 20 anos.
De acordo com o prefeito, a busca de parcerias também é fundamental para que todos os serviços públicos que o município precisa sejam atendidos, como a urbanização da Nova Esperança, incluída no PAC 1 e da Nova Holanda, onde a prefeitura investe sozinha R$ 35 milhões. “Conseguimos aprovar a segunda etapa de urbanização no Nova Esperança no PAC 2 e a urbanização do Complexo da Ajuda, representando mais investimentos em infraestrutura urbana para a população”, comentou.
Para o presidente da Câmara Permanente de Gestão, Romulo Campos, a dificuldade do censo obter dados estatísticos em Macaé, inclusive na classe média alta, pode ter dificultado o IBGE de apresentar os números reais de habitantes na cidade. “Lamentamos que muitos não colaboraram com o IBGE, o que pode inclusive atrapalhar o município a batalhar por recursos governamentais”, disse Campos, lembrando que quando foi divulgada a prévia do censo, no mês passado, na qual Macaé contabilizou 194.497 moradores, a prefeitura pediu uma revisão dos dados junto ao IBGE.
- Estranhamos o fato de Macaé ter registrado, pelas contas oficiais do IBGE, um pequeno aumento da população na comparação da prévia de 2009 para a de 2010 e pedimos revisão. Pela lógica e pelo aumento dos serviços que são prestados pela prefeitura, o município continuaria crescendo na mesma proporção. Encontramos uma variação de 551,9% no aumento do número de habitantes em Macaé entre 1940 e 2008, quando no Estado do Rio de Janeiro a variação foi de 339,4%. Esse foi um dado que motivou nosso questionamento. O IBGE divulgou agora o resultado oficial, acima da prévia, o que foi importante para a cidade. Sabemos das dificuldades do instituto em conseguir coletar os dados porque para o censo estar 100% correto, a população tem que colaborar – pontuou o presidente da Câmara Permanente de Gestão.
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