Secretarias integrarão comitê para traçar estratégias e reintegrar moradores de rua às suas famílias
Integrantes de entidades religiosas, acadêmicas, do Poder Executivo e da sociedade puderam manifestar suas posições quanto ao problema.
Representantes da Prefeitura e da sociedade civil riostrense se reuniram na noite desta terça-feira, dia 23, no salão da Igreja Católica. O objetivo foi buscar solução para o problema dos moradores de rua na cidade. A reunião, conduzida pelo padre Alexandre Albuquerque, resultou na proposta de formação de um comitê para traçar estratégias que ajudem esses moradores em situação de vulnerabilidade e possam proporcionar perspectivas de uma nova vida para eles, reintegrando-os às suas famílias . Entre as autoridades, esteve presente o prefeito Carlos Augusto, o vice-prefeito Wilton Broder, o procurador Geral do Município, Renato Vasconcellos, o vereador Luiz Roberto Gomes e o titular da 128ª Delegacia, Renato Nunes.
O prefeito Carlos Augusto ressaltou que o Poder Público está engajado em fazer parceria com toda a sociedade para oferecer dignidade a essas pessoas. “O que vejo de mais importante nessa iniciativa é compartilharmos as responsabilidades. Juntos, podemos mais”, declarou o Chefe do Executivo.
“Não é toda cidade que consegue mobilizar um fórum de discussão como esse. O curso de Serviço Social da UFF está sempre interessado em contribuir com a consolidação de políticas públicas do município”, acrescentou a professora Leile Teixeira, da Universidade Federal Fluminense.
UNIÃO E DEMOCRACIA - Integrantes de entidades religiosas, acadêmicas, do Poder Executivo e da sociedade puderam manifestar suas posições quanto ao problema. A secretária de Bem-Estar Social, Márcia Almeida, propôs que as entidades escolhessem seus representantes para constituir um comitê para debater o assunto. “Precisamos unir pessoas interessadas e comprometidas pela causa para ganharmos força e ajudarmos esses moradores de rua”, destacou a secretária.
A secretária relatou que a equipe da Secretaria de Bem-Estar ligada ao Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) faz uma abordagem semanal às pessoas que vivem nas ruas de Rio das Ostras. Segunda ela, o objetivo é monitorar, conhecer melhor e criar vínculo com essa população para fazer um trabalho de reintegração às suas moradias e famílias. Esse trabalho resultou na criação de uma ficha com os dados de cada uma dessas pessoas, o que já possibilitou a emissão da segunda via da certidão de nascimento de um morador de rua.
RESPONSABILIDADE - O Poder Público contribui com a localização da família e a compra da passagem quando um morador de rua externa o desejo de retornar ao seu lar. Somente este ano, 48 pessoas que viviam nas ruas de Rio das Ostras foram reconduzidas às suas casas. Antes porém, a Prefeitura se certifica de que essa pessoa será acolhida. “Acreditamos que essa é uma forma de não transferir uma responsabilidade, um problema para que outro município resolva”, declarou Márcia.
Diversos representantes da Secretaria de Ordem Pública e Controle Urbano participaram do encontro na Igreja Católica, entre eles o Coronel Sérgio Pinto, que enalteceu a primeira reunião representativa como geradora de um debate “no mesmo patamar”, e instigadora ao comprometimento.
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