Novo mínimo será proposto ainda este ano | Rio das Ostras Jornal

Novo mínimo será proposto ainda este ano

As centrais sindicais pedem que o salário vá para R$ 570

Presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) vai chamar as centrais sindicais para discutir o aumento do salário

Presidenta eleita anuncia, em entrevista de TV que vai chamar as centrais sindicais para discutir o aumento do salário no País ainda durante o governo de Lula

A presidenta eleita, Dilma Rousseff (PT), afirmou ontem que vai chamar as centrais sindicais para conversar ainda este ano sobre uma maneira de dar um aumento maior do que o previsto para o salário mínimo no ano que vem. Em entrevista ao Jornal da Band, ao vivo, ontem à noite, a petista explicou que o diálogo vai ser feito ainda durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva para que o aumento esteja previsto já no Orçamento de 2011. As centrais sindicais pedem que o salário vá para R$ 570 e o governo sinalizava, até agora, com R$ 538,15. A fórmula, no entanto, não vai ser alterada: o padrão de cálculo continuará sendo o PIB de dois anos atrás, mais a inflação do ano. O que Dilma promete é que os trabalhadores tenham uma compensação para a perda relativa ao crescimento zero do PIB de 2008. “Não é justo que, com a nossa economia crescendo do jeito que está, o trabalhador seja penalizado pelo PIB de dois anos atrás”, disse a eleita, citando o início da crise internacional. “Temos que dar um aumento maior do que só 5%, relativos à inflação”. Minutos mais tarde, em entrevista, também ao vivo, ao Jornal do SBT, Dilma reafirmou seu compromisso de diálogo com as centrais sindicais sobre o salário mínimo. “Esse reajuste tem que ser aprovado ainda este ano”, destacou. Pressionada em ambas as entrevistas para que divulgasse pelo menos um nome que vai compor seu ministério, a partir de janeiro, Dilma valeu-se de sua mineirice para desconversar. “Você sabe que sou mineira, não posso falar”, disse, no SBT. Sem 'saco de maldades' Dilma negou que o presidente Lula vá antecipar a tomada de medidas duras e impopulares para evitar desgaste dela depois que assumir o seu governo. “Só vou querer coisas necessárias. Então, é necessário que a gente avalie a situação para tomar medidas. Não acredito que o presidente vai tomar medidas duras. O presidente vai fazer aquilo que ele tem que fazer. Não tem o menor sentido tomar um “saco de maldades”, acrescentou a presidenta eleita durante a entrevista no SBT. Bolsa Família também pode aumentar Além do salário mínimo, a presidenta Dilma Rousseff também disse que pretende reajustar o valor do Bolsa Família— programa de distribuição de renda lançado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista na noite de segunda-feira à TV Brasil, Dilma contou que não decidiu se o reajuste será, como o salário mínimo, definido ainda no Governo Lula. “Tenho o objetivo de reajustar e garantir os recursos do Bolsa Família para que eles não tenham perdas inflacionárias e que tenham ganho real”, disse Dilma ao programa Brasilianas.org. Segundo a petista, a erradicação da pobreza será meta central de seu governo: “Na concepção do projeto que eu represento, e do qual, obviamente, o presidente Lula é um dos grandes líderes, o crescimento econômico não pode ser desvinculado da melhoria das condições de vida da população”. Ela também disse que vai ampliar a participação das mulheres nos ministérios, mas sem “criar cotas”: o critério será competência. “Tenho todo interesse em ocupar os quadros ministeriais com muito mais mulheres, mas também não vou fazer regime de cotas. Se as mulheres forem maioria é porque foram competentes”, disse, acrescentando que pode manter alguns dos ministros do governo de Lula. No entanto, não quis adiantar em quais áreas. Outros compromissos MARIA DA PENHA A primeira mulher presidenta do Brasil assegurou que será implacável com o cumprimento da Lei Maria da Penha, que pune com prisão pessoas que pratiquem violência contra a mulher: “Precisamos de campanha para esclarecer à sociedade e às polícias. Denúncias contra agressor de mulher têm que ser investigadas, e o culpado, punido”. CONSUMO Dilma também disse que pretende baixar os impostos sobre o consumo e ampliar o crédito, “mas sempre mantendo a trajetória de redução da dívida pública do País”. CORRUPÇÃO A presidenta afirmou que, em seu governo, não terá complacência com maus feitos: “Errou, vamos investigar e punir. Haverá consequências”. REFORMA AGRÁRIA A reforma agrária será mantida, aliada a acesso à luz elétrica no campo e programas de renda e remuneração para o produtor familiar. “Mas não é admissível invasão de propriedade produtiva”, avisou. SUCESSÃO PRESIDENCIAL Ela acha que falar de 2014 agora é “colocar o carro na frente dos bois”.

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