Agora, operação tenta recuperar os corpos dos trabalhadores.
As autoridades da Nova Zelândia confirmaram nesta quarta-feira (24) a morte dos 29 mineradores presos em uma mina desde sexta-feira (19), depois de uma segunda explosão de gás metano na galeria onde o grupo estava.
“Não houve sobreviventes após uma nova grande explosão”, anunciou o responsável policial das equipes de resgate, Gary Knowles.
Após a divulgação da notícia, dezenas de famílias abandonaram a sala de imprensa visivelmente emocionadas. Alguns familiares dos trabalhadores tentaram agredir policiais por não terem descido ao poço para salvar seus parentes, segundo testemunhas. Knowles disse que a explosão ocorreu às 14h37 do horário local (1h37 de Brasília). “No instante da explosão eu estava perto da entrada da mina, e o barulho foi impressionante, tão potente quanto a primeira”, afirmou.
Agora, a operação de salvamento passou à fase de recuperação dos 29 corpos.
Durante a manhã, foi perfurado um pequeno túnel até a galeria, mas os especialistas constataram no ar analisado um teor excessivo de monóxido de carbono e gás metano, além de oxigênio insuficiente.
Os trabalhos de resgate se viram prejudicados desde o primeiro momento pela reticência das autoridades em permitir que as equipes de resgate descessem à mina pelo risco de gás tóxico, o que frustrou as famílias. Fracassou também a tentativa de que um robô articulado mostrasse o caminho aos socorristas. O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, afirmou que a morte dos 29 é uma "tragédia nacional" e anunciou que uma comissão irá averiguar as causas do acidente.
"Perder nossos irmãos foi um golpe duríssimo. Todos os neozelandeses se solidarizam com suas famílias. Somos uma nação de luto", declarou Key em discurso transmitido pelas emissoras de televisão. Ele decretou luto nacional.
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