Previsão é de grande parte dos analistas do mercado financeiro.
Decisão do Banco Central será divulgada após as 18h.
No início da noite, após o fechamento do mercado financeiro nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar a sua decisão sobre o nível da taxa básica de juros do país, atualmente em 10,75% ao ano. A expectativa de grande parte dos analistas do mercado financeiro é de que a taxa será mantida estável pela segunda reunião consecutiva.
Os economistas do mercado financeiro acreditam que os juros básicos permanecerão no atual patamar de 10,75% ao ano até abril de 2011, quando serão elevados para 11,25% ao ano. Em junho, avançariam para 11,75% ao ano e, em outubro do ano que vem, para 12% ao ano. Em dezembro de 2011, porém, o mercado acredita que os juros vão cair novamente para 11,75% ao ano - patamar no qual fechariam o ano que vem.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Na última semana, o mercado previu um IPCA de 5,20% para este ano e de 4,99% para 2011, números divulgados no relatório Focus desta segunda-feira (18). O BC, entretanto, tem previsto inflação abaixo das estimativas do mercado financeiro. No fim de setembro, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre, a autoridade monetária informou que prevê um IPCA de 5% para este ano e de 4,6% para 2011. Neste momento, a instituição já está calibrando a taxa de juros com base no cenário do ano que vem - uma vez que os impactos de uma eventual alteração nos juros demoram de seis a nove meses para terem impacto pleno na economia.
Ao manter os juros estáveis em 10,75% ao ano, a autoridade monetária não contribuirá para aliviar a pressão na taxa de câmbio (queda do dólar), resultado da entrada de divisas na economia brasileira. Para tentar conter o fluxo de dólares para o Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, nesta semana, um novo aumento do IOF para estrangeiros. Os investidores de outros países que aplicarem em renda fixa passarão a pagar uma alíquota de 6% - que também valerá para a margem de garantia dos investimentos estrangeiros no mercado futuro.
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