Brasil é o 2º no ranking mundial de furtos em lojas, diz estudo | Rio das Ostras Jornal

Brasil é o 2º no ranking mundial de furtos em lojas, diz estudo

Prejuízos causados pelo crime e por erros administrativos no comércio brasileiro somaram R$ 3,9 bilhões entre 2009 e 2010.

Participaram do levantamento no Brasil 37 redes varejistas de variados setores

O Brasil ocupa, ao lado do Marrocos, o segundo posto no ranking dos países onde há mais prejuízos causados por furtos em lojas, segundo um estudo de uma organização britânica especializada em vendas no varejo.

Intitulado Barômetro Global de Furtos no Varejo, a pesquisa calcula que entre julho de 2009 e junho deste ano os lojistas brasileiros perderam R$ 3,9 bilhões em furtos e erros administrativos.

O valor representa 1,64% do total das vendas no período e, proporcionalmente, só é inferior ao da Índia (2,72%). Participaram do levantamento no Brasil 37 redes varejistas de variados setores, com 29.132 lojas espalhadas pelo país.

Aumento nos prejuízos Do total dos prejuízos registrados por lojistas brasileiros, 32,8% foram atribuídos a furtos por clientes, 43,4%, a furtos por funcionários e 7,6%, a fraudes envolvendo fornecedores e vendedores. Outros 16,2% foram creditados a outros tipos de erros.

O Brasil foi o único entre os 40 países pesquisados a ter registrado aumento nos prejuízos, ainda que o crescimento tenha sido de apenas 0,02 ponto percentual em relação a 2009.

Em entrevista à BBC Brasil, Joshua Bamfield, diretor do Centro de Pesquisas do Varejo (órgão que conduziu o estudo), diz que não se pode creditar a piora do índice brasileiro somente à criminalidade. "Os lojistas têm trabalhado duro em identificar perdas, então parte desse aumento pode ser atribuído a uma maior precisão nos dados."

América Latina Além do Brasil, participaram do estudo outros dois países latino-americanos: o México, 5º colocado da lista, com perdas causadas por furtos equivalentes a 1,61% das vendas, e a Argentina, em 11º lugar, com 1,48%.

No ranking geral, Índia, Brasil e Marrocos são seguidos por África do Sul, Rússia, México, Tailândia, Malásia e Turquia.

No outro extremo da tabela, figuram entre os países com menores perdas causadas por furtos Taiwan (0,87%), Hong Kong (0,91%) e Áustria (0,97%).

Os Estados Unidos (10º lugar e 1,5%), o Canadá (12º e 1,42%) e a Austrália (15º e 1,32%) foram os países desenvolvidos que tiveram pior desempenho.

Melhora em relação a 2009 O estudo calcula em R$ 182 bilhões o total de perdas causadas por furtos em 2010 no mundo todo, o equivalente a 1,36% do valor das vendas. O índice é 5,6% menor do que o registrado em 2009, resultado creditado à melhor situação da economia mundial e ao aumento de 9,3% nos investimentos em segurança, que custaram R$ 45,4 bilhões aos cofres das lojas em 2010.

As maiores reduções em furtos ocorreram na Índia (15,1%) e nos países da América do Norte (6,9%, em média).

Os setores que mais registraram ocorrências foram os de peças de carros e materiais de construção (1,81%); roupas e acessórios (1,72%); e cosméticos (1,7%).

Já os menos afetados foram os de bebidas alcoólicas (0,72%); calçados e artigos esportivos (0,76%); eletrônicos e computadores (0,87%).

Lâminas de barbear As lojas relataram ter detido 6,2 milhões de ladrões em 2010, dos quais 800 mil eram seus próprios funcionários. Os lojistas que mais apreenderam criminosos foram os europeus (3,4 milhões), seguidos pelos norte-americanos (2,5 milhões).

Em média, cada furto por cliente gerou prejuízo de R$ 330; já os furtos de funcionários custaram R$ 3,29 mil cada.

Entre os itens mais furtados destacaram-se lâminas e cremes de barbear, smartphones, perfumes, bebidas, carne fresca, escovas de dente elétricas, café, DVDs, jogos eletrônicos, bolsas, tênis, óculos escuros e relógios.

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1 comentários:

  1. Por Gustavo Messiano Velehov
    É fato que o investimento em prevenção de perdas ainda está a quem do necessário para se reduzir o índice das perdas do varejo a patamares aceitáveis e próximos dos níveis mundiais, por outro lado no ano de 2010 conseguimos realizar um incremento do número de varejistas dos 25 analisados em 2009 para 37 neste ano.
    A Checkpoint Systems e patrocinadora do estudo realizado pelo instituto britânico que alcança a décima edição entende que no ano de 2010 não se identificou uma redução dos índices de perdas igual aos demais países integrantes da pesquisa em função do aumento do número de varejistas brasileiros pesquisados.
    Além do alto índice de perda de 1.64% em relação ao faturamento dos varejistas analisados, temos que nos atentar ao fato de que a maioria dos furtos no Brasil são internos, ocasionados pelos próprios funcionários e que muitas vezes são infiltrados por quadrilhas nas redes varejistas para realizar este tipo de crime. O remédio para o combate a este tipo de situação é o aumento na prevenção de perdas (pessoas e ferramentas) que ainda registram ínfimos 0.22% no Brasil em comparação aos demais países.

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