Caso foi em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.
Padrasto da criança foi preso e vai responder por tortura.
Uma menina de 4 anos foi encontrada trancada em casa com sinais de espancamento em várias partes do corpo. Foram duas vizinhas que acharam a criança em um quarto escuro no Bairro de São João, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Fotos revelam marcas vermelhas nas costas, na parte detrás das pernas e em um dos braços dela, que foi encontrada ajoelhada de frente para a parede.
“Ela estava com as costas muito machucadas mesmo. Teve gente que passou mal. Uma pessoa saiu daqui chorando. Estava terrível”, disse uma vizinha.
De acordo com os moradores, a família se mudou da Paraíba há pouco mais de um mês para São Pedro da Aldeia. Ainda segundo eles, a menina era a única que passava boa parte do dia sozinha em casa. Na manhã de terça-feira (8), assim que o padrasto e a mãe dela saíram de casa, duas vizinhas decidiram investigar. A vizinha Janaína Maria de Mello foi quem encontrou a criança trancada em um quarto escuro, e contou como foi.
"A mãe foi ter nenê e a menina estava em casa. No momento que ela me olhou, eu virei assim ’Deus, tende piedade’".
A criança foi levada por policiais militares para a delegacia, e no local contou que sofria agressões do padrasto. Marcos Estevão Benevides foi preso na casa de um amigo na terça-feira. A criança passou por exames médicos e de corpo de delito e ficou sob a responsabilidade do Conselho Tutelar do município.
"A gente vai estar procurando um responsável, e se não tiver um responsável, a gente vai estar abrigando essa criança até que tudo seja resolvido em juízo”, disse Márcia Amaral do Conselho Tutelar
O padrasto vai responder pelo crime de tortura. A mãe também pode ser indiciada por omissão.
Outros casos
A procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’Anna Gomes está presa acusada de torturar uma menina de 2 anos que estava sob sua guarda provisória à espera de adoção. Foram ex- funcionários dela que fizeram a denúncia. Numa gravação, ela aparece chamando a criança de ‘vaquinha’ e afirmando que sua mãe era uma prostituta. Após uma denúncia ao conselho tutelar, a menina foi encontrada com hematomas que comprovavam que ela sofria agressões constantes.
No dia 27 de maio morreu um menino de 4 anos, que a polícia investiga como uma possível vítima de maus-tratos. Ele estava internado em um hospital em Volta Redonda, no Sul Fluminense. De acordo com os médicos, o garoto, que deu entrada no Hospital São João Batista na manhã do dia 20 de maio, estava com fratura na perna, contusão pulmonar e lesão intra-abdmoninal.
Segundo o delegado da 93ª DP (Volta Redonda), Carlos Alexandre Leite, o padrasto do menino, Leilson Araújo do Espírito Santo, preso como principal suspeito da agressão, foi indiciado por crime de tortura e será autuado por homicídio.
" Não tenho dúvidas sobre a autoria do crime. Ele já bateu na criança outras vezes e espero que a Justiça prevaleça", disse o delegado.
Brasileira de 12 anos canta em programa pacifista da Unesco
Soprano Paula Eduarda estrela em clipe promocional do Dia da Paz.
Ela optou pela carreira quando fazia apresentações em creches e asilos.
A catarinense Paula Eduarda, de 12 anos, já foi modelo, vencedora de concursos de miss nacionais e internacionais, apresentadora de programa infantil e repórter de TV mirim (veja vídeo do Fantástico ao lado). Aos 6 anos, largou tudo para começar carreira de cantora.
Ela é considerada pelo sistema de homologação de recordes RankBrasil a mais jovem soprano da história do país (desde os nove anos). Sua voz chamou atenção de Don McBurney, diretor da Ray of Hope, associação humanitária ligada à Unesco, cujo objetivo é promover jovens talentos para que sirvam de inspiração para outras crianças. No caso de Paula, ou "Duda", como é chamada pela família e pelos amigos, ela tornou-se membro da entidade e foi escolhida para cantar um vídeo de promoção do Dia Internacional da Paz, que é celebrado no dia 21 de setembro.
“O tema do Dia Internacional da Paz esse ano fala sobre a necessidade de mostrar que as flores de nosso planeta são as crianças. Por isso, precisamos promover a paz para que elas aflorem e alcancem seu potencial. Uma dessas crianças é Paula, uma flor que, com uma condução de carreira e promoção corretas, pode ir muito longe e, talvez algum dia, alcançar aqueles artistas que a inspiraram, atingindo um grande padrão de excelência”, afirmou McBurney.
Entretanto, Paula já há muito tempo tem utilizado seus dotes musicais em benefício de outras pessoas. “Desde cedo, quando nós morávamos em Florianópolis, ela fazia shows musicais em instituições de ajuda para crianças carentes e debilitadas e asilos. Ela fazia shows musicais, asilos. Foi uma experiência importante para ela perceber desde cedo que a vida não é nada fácil”, afirmou seu pai, Almir Miguel, que ao lado da mãe, Sandra, administra a carreira de Paula desde que ela tinha 2 anos.
Exclusivamente por causa dela, a família se mudou há alguns anos para Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, onde ela poderia ter melhores condições de seguir com o sonho de se tornar música. Atualmente, faz apresentações em festas, bailes e pequenos eventos. Até 2009, participou da peça musical "Vovó Delícia", de Ziraldo.
“(Participar de eventos beneficentes) era muito legal, pois me apresentava para as crianças e comecei a cantar várias músicas (de estilo) pop para elas. Percebia que elas ficavam mais felizes por causa disso. Nos asilos, os velhinhos me contavam histórias e cantavam para mim. Foi a partir dessas experiências que comecei a gostar mesmo de música”, disse Paula.
O pai, Almir, garante que a dedicação à carreira musical não afeta seus estudos. “Ela tem uma bolsa para estudar em uma escola particular. Sempre passou direto e todo ano fica entre as melhores da classe, é impressionante como gosta de estudar”. Paula, que cursa a sétima série, concorda e diz que, fora a música, sua matéria preferida é a Matemática. “Ao final da aula, se a classe fizer todos os deveres certinhos, o professor para uns minutinhos e começa a cantar com a gente”, admitiu. As aulas de música exigem também como complemento que Paula aprenda outras línguas, por isso estuda inglês, francês, espanhol e quer começar o curso de italiano.
Influências
Desde que começou a se dedicar à música, optou pelo estilo lírico. “No começo, meu professor de canto percebeu que eu tinha uma voz muito aguda. Um dia ele disse: vou colocar para você um estilo de música que você nunca ouviu. Eu gostei e comecei a cantar música lírica”, disse Paula que, entretanto, possui um gosto musical muito eclético. Escuta desde Montserrat Caballé, Sarah Brightman e a soprano russa Anna Netrebko até bandas e cantores de influência pop/rock, como a banda Evanescence e a italiana Laura Pausini. Além disso, já aprendeu noções básicas de piano, teclado, violino, violão e guitarra. “Comecei com teclado depois fui para piano, que é algo mais clássico, mais o meu estilo. Violão eu acho muito bonito. Violino, que eu aprendo na escola, nem se fala. E guitarra é porque eu gosto de rock”.
Almir diz não influenciar a filha a respeito do estilo, mas afirma que logo ela escolherá um. “Ela canta música lírica, mas também gosta muito de pop. Não sabemos o que ela vai escolher. No exterior, estão com interesse nela principalmente na área clássica. Se ela vier estudar fora, isso pode acontecer. Tem tudo pra ela ira pra Inglaterra”, revelou.
'Era um anão concorrendo com gigantes', diz cineasta Anna Muylaert
Diretora venceu Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com 'É proibido fumar'.
Noite de premiação também contou com homenagem a Anselmo Duarte.
Se a noite de terça-feira (8) foi vitoriosa para o filme "É proibido fumar", vencedor em cinco categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, foi ainda mais para Anna Muylaert, diretora do longa. E surpreendente, acima de tudo.
"Vim até aqui hoje como um anão para concorrer com os gigantes. Os concorrentes eram todos filmes de grande sucesso de bilheteria. Iria apenas participar da festa e prestar homenagens. Não esperava nenhum prêmio. Agora estou cinco vezes feliz", disse Muylaert, que também levou o troféu Grande Otelo de melhor direção pela produção, em cerimônia realizada no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
"É proibido fumar" conta a história de uma professora de música fumante que tenta largar o cigarro após conhecer um novo vizinho, um músico que ganha a vida como cantor de churrascaria. Estrelado por Glória Pires e Paulo Miklos, o filme também foi o vencedor nas categorias longa-metragem de ficção, roteiro original, trilha sonora e montagem de ficção.
Para a cineasta, parte do êxito do filme na premiação pode ser creditada à presença de Glória Pires no elenco.
"Claro que tê-la é um grande trunfo para o filme. Tem talento, carisma e observa tudo no roteiro. Sem falar do público, que ama Glória Pires", disse Muylaert sobre a atriz, que não participou da cerimônia de entrega dos prêmios.
Surpresa
"Surpresa" também foi a palavra mais utilizada por Tony Ramos para explicar a sensação de ter vencido na categoria melhor ator por "Se eu fosse você 2".
"Estava relaxado e, de repente, fui surpreendido. Acredite ou não. São grandes colegas, grandes filmes, trabalhos delicadíssimos. Mas o que mais me encantou foi ter sido premiado por uma comédia. Não é muito fácil ganhar prêmios com comédia", destacou o ator, que também concorria por "Tempos de paz".
Lília Cabral, que antes da cerimônia declarou acreditar na vitória de Glória Pires como melhor atriz, comemorava o troféu Grande Otelo na categoria pelo filme "O divã".
"É muito bom ter esse reconhecimento, eu não esperava. Esse filme tem uma delicadeza, uma sutileza. Faço questão de dividir esse prêmio com as atrizes concorrentes, que são maravilhosas e fizeram trabalhos muito especiais", declarou Lília.
"Deixa o negão cantar"
O segundo filme mais premiado da noite foi o documentário "Simonal, ninguém sabe o duro que dei", dos diretores Cláudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer. O longa levou os prêmios de montagem, som, trilha original e documentário.
"Ganhar de quatro é sempre melhor que levar de quatro", brincou Cláudio Manoel, também humorista da turma do Casseta & Planeta, destacando que a produção serviu para recolocar a música de Wilson Simonal em evidência.
"Ele pode finalmente voltar a ser um artista, um cantor, ter uma obra, e não ser um personagem obscuro da ditadura. Acho que a gente conseguiu esse grande mérito: tirar a tampa para deixar o negão cantar. O resto foi com ele", destacou.
Escolha democrática
Mas era Roberto Farias, cineasta e presidente da Academia Brasileira de Cinema, quem mais parecia realizado com a noite de festa. Para ele, nenhum outro tipo de premiação no Brasil é tão democrática quanto à da instituição.
"É o único prêmio que tem uma votação espontânea de mais de 250 associados. Além disso, quem vota aqui são os próprios profissionais de cinema. Por isso é um prêmio tão valorizado pelos cineastas. E ainda contamos com o voto popular, ressaltou Faria.
Para ele, o ponto alto da noite foi a homenagem ao ator e diretor Anselmo Duarte. Morto em 2009, foi o único vencedor da Palma de Ouro em Cannes, por seu "O pagador de promessas". Glória Menezes, que participou do longa, subiu ao palco para ler um texto do escritor Ignácio de Loyola Brandão, que também era amigo do diretor.
"Foi muito emocionante. Quando o convidei, ele já estava doente, mas mantive a esperança de que fosse se recuperar a tempo e participar. Era um grande amigo e uma pessoa muito divertida. Um homem inteligente, espirituoso, amigo e generoso", relembrou o cineasta.
Britânica é presa acusada de dar chupeta com metadona a bebê
Mulher admitiu ter esfregado chupeta com a droga para tentar acalmar a criança de dez semanas.
Uma mulher escocesa foi condenada a três anos de prisão por ter colocado a droga metadona na chupeta de uma criança de 10 semanas para que ela parasse de chorar.
Susan Taylor, de 29 anos, havia admitido o crime em setembro do ano passado, mas o caso não havia sido divulgado porque a namorada de Taylor, Lynn Cowan, de 28 anos, também estava sendo julgada.
Cowan, por sua vez, admitiu ter omitido dos médicos que a criança havia ingerido metadona.
O casal, viciado em drogas, tomava conta do bebê regularmente no bairro de Leith, em Edimburgo. A criança não pode ser identificada por razões legais.
Lábios azuis
Durante o julgamento, foi revelado que a criança quase morreu. As duas mulheres assistiam televisão quando Cowan percebeu que o bebê não estava respirando. Seus lábios estavam azuis, e o rosto, cinzento. Uma ambulância foi chamada, e os médicos encontraram uma grande quantidade da droga - receitada a viciados em heroína na tentativa de ajudá-los a vencer o hábito - na urina do bebê.
Os especialistas disseram que ainda é cedo para saber se haverá sequelas a longo prazo. O bebê sofreu convulsões a caminho do Royal Hospital for Sick Children e foi mantido na unidade de terapia intensiva. A polícia foi chamada quando os testes revelaram a presença da droga no corpo da criança.
Gosto doce
Quando questionada, Taylor admitiu ter esfregado a chupeta do bebê no medidor que usava diariamente para tomar sua dose de metadona.
Um especialista em tóxicos, Robin Braithwaite, disse ao juiz que a metadona representa um alto risco para crianças porque tem sabor doce. A metade de uma colher de chá pode ser letal. A promotoria citou um parecer do especialista dizendo que sem uma intervenção médica o bebê teria morrido.
Mas a advogada de defesa de Taylor disse que sua cliente se sentiu "perturbada" pelo choro do bebê e não conseguiu acalmá-lo.
Segundo a advogada, Taylor não pretendia causar mal ao bebê e não tinha ideia de quão perigosa a droga poderia ser para uma criança.
Taylor já cumpre uma sentença de 26 meses de prisão por ter roubado a bolsa de uma mulheres de 66 anos armada com uma faca.
Uma gêmea atacada por raposa se recupera, mas a outra ainda preocupa
Uma das bebês dormiu 'bem melhor' na última noite, mas irmã segue sedada em Londres.
Uma das gêmeas de nove meses de idadeatacadas por uma raposa dentro de sua casa, em um bairro do leste de Londres, "está bem melhor", de acordo com o tio das meninas.
"As gêmeas estão melhorando, e Lola está bem melhor", afirmou David Watson, acrescentando que os ferimentos vão deixar marcas para a vida inteira, já que a raposa mordeu as duas bebês nos braços, e uma delas, Lola Koupparis, no rosto.
Segundo a avó das duas, Zoe Koupparis, a outra menina, Isabella, que foi transferida para o Great Ormond Street Hospital, especializado em crianças, continua sedada e seu estado é preocupante.
"Era algo que eu jamais esperava que fosse acontecer, menos ainda com minhas lindas meninas", disse Pauline Koupparis à BBC.
Na noite do último sábado, a raposa entrou na casa por uma porta dos fundos que estava aberta no andar térreo por causa do calor, antes de atacar as bebês no quarto, no segundo andar.
Pauline, que assistia à TV com o marido na hora do ataque ouviu um choro que "parecia ser de dor" e quando entrou no quarto das filhas viu as duas cobertas de sangue e uma raposa, que ficou olhando para ela "e nem parecia sentir medo".
Pauline disse que Lola estava em um estado "terrível".
"Um lado do rosto dela estava lindo. O outro, era algo como um filme de terror", disse.
Mas ela comentou que apesar do ataque, a bebê está "sorrindo e rindo para as pessoas".
"Isabella está em atendimento especial. Ela não está tão bem", acrescentou.
Praga
A subprefeitura da região de Hackney, onde o ataque ocorreu, distribuiu panfletos alertando os moradores para os perigos das raposas. Em uma entrevista à BBC, o prefeito de Londres, Boris Johnson, orientou as subprefeituras a assumir a responsabilidade de evitar uma praga de raposas na cidade.
Especialistas estimam que cerca de 10 mil raposas vivem na capital britânica e dizem que os animais se adaptaram bem à vida urbana durante os últimos 50 anos, por encontrar bastante comida nos lixos e abrigo nos jardins e outros locais abertos.
"Muitas pessoas ficam maravilhadas com raposas circulando pela cidade, achando a situação romântica, mas existe o lado negativo: elas são pragas, causam muitos estragos e vimos os trágicos eventos dos últimos dias", afirmou Johnson.
Uma pesquisa realizada em 2001 pela ONG Mammal Society revelou que 80% dos londrinos gostam da presença das raposas na cidade.
A RSPCA, sociedade britânica de proteção dos animais, disse que ataques de raposas a humanos são bastante raros.
Potenciais rivais
Em uma entrevista ao website Sky News Online, o especialista em vida selvagem nas cidades John Bryant disse acreditar que a raposa que atacou as gêmeas era um filhote de cerca de três ou quatro meses de idade, que foi atraído pelo cheiro de comida nas fraldas das bebês.
Segundo Bryant, a raposa pode ter tentado arrancar a fralda de uma delas e achou que a menina estava a impedindo.
"Acho que a raposa abocanhou a fralda achando que era comida, não conseguiu retirá-la por entre as barras do berço e lutou com o que viu como um rival pela fralda", disse Bryant.
O especialista afirmou que muitas vezes as raposas retiram fraldas de latas de lixo achando que são comida. Após o ataque, responsáveis pelo controle de pragas colocaram armadilhas no jardim da casa das gêmeas e apanharam uma raposa, que foi sacrificada por um veterinário na segunda-feira.
Famílias de 10 brasileiros vítimas de golpe na Turquia esperam notícias
Grupo de dançarinos está há um mês no país sem receber salários.
Consulado confirma que eles foram vítimas de organização criminosa.
Familiares de dez brasileiros que foram vítimas de um golpe quando realizavam uma série de apresentações na Turquia aguardam há mais de 24 horas notícias dos seus parentes, que seriam levados de Bodrum a Istambul nesta quarta-feira (9), para em seguida serem deportados para o Brasil.
De acordo com a artista plástica Sheila Franco, mãe do responsável pelo grupo Gafieira Brasil, Paulo Franco, o filho de 28 anos entrou em contato pela última vez na segunda para relatar à família no Rio que o grupo havia denunciado o contratante turco, após ter sofrido ameaça de morte. Os brasileiros estavam acompanhados de um representante do Consulado do Brasil em Istambul.
“Desde ontem [segunda], às 22h, estamos sem contato. Ele pediu socorro dizendo que poderiam deportá-lo. Ele é uma vítima que leva o Brasil para o mundo, tem uma ficha limpa, é um menino impecável. Nunca se envolveu com nada ilícito”, contou Sheila Franco.
Segundo a artista plástica, seu filho e os outros nove artistas viajaram no início de maio para Bodrum, na costa asiática da Turquia, onde fariam uma série de apresentações de danças brasileiras e capoeira em hotéis. O contrato de seis meses previa um salário mensal de US$ 1 mil (cerca de R$ 1.860) por artista, com até duas apresentações por dia.
Logo que chegou ao país, Paulo Franco teria entregado o contrato para ser assinado e o pedido de visto de trabalho ao diretor da empresa turca que os contratou, Önder Bayran, o que não aconteceu. Além disso, os artistas teriam sido hospedados inicialmente em condições precárias e não teriam recebido nenhuma parte dos salários.
“Meu filho passou mais um mês cobrando o [cumprimento do] contrato para pagar os artistas, foi quando sofreu a ameaça de morte. Entrei em contato com consulado em Ancara, que acionou o de Istambul e começaram a levantar o caso. Este senhor [contratante] tem antecedentes criminais. O conselheiro do consulado está com meu filho desde segunda-feira pela manhã em Bodrum. Todos os artistas prestaram depoimento”, conta a mãe de Franco.
Organização criminosa
Em e-mail enviado a Sheila Franco, o cônsul do Brasil em Istambul, Michael Monteiro Gepp, confirmou que o grupo de artistas foi vítima de uma organização criminosa, que faz parte de uma rede internacional de tráfico de seres humanos, drogas, armas e lavagem de dinheiro.
O Itamaraty afirma que está em contato com o consulado brasileiro na capital turca e acredita que os brasileiros devem ser levados a Istambul ainda esta semana, de onde devem retornar ao Brasil, o que contraria a vontade do líder do grupo.
“Não queremos e não podemos ser deportados… Até por que estamos denunciando tudo porque queremos estar dentro da lei da Turquia e queremos que o nosso país lute por nós junto conosco. Precisamos de respaldo das autoridades brasileiras porque fomos trazidos e enrolados até hoje. Merecemos ser tratados com respeito e ter o direito de lutar pelos nossos direitos, aqui ou em qualquer lugar”, escreveu Paulo Franco em e-mail enviado à mãe na segunda.
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