Com isso, sobe para 13 o número de mortes causadas pela chuva em Pernambuco.
Corpo foi encontrado em Barreiros, na terça-feira.
No estado, nove municípios decretaram calamidade pública.
O corpo de um homem, de cerca de 35 anos, foi encontrado em Barreiros (PE), na noite de terça-feira (22). Com isso, sobe para 13 o número de mortes causadas pela chuva em Pernambuco, desde a semana passada.
Segundo o capitão Leonardo Rodrigues, gerente de operações da Defesa Civil estadual, a estimativa é que mais de 80 mil pessoas foram afetadas. Nove municípios estão em situação de calamidade pública e 30 decretaram emergência.
Rodrigues disse ao G1 que devem ser montados dois hospitais de campanha em Pernambuco. Um deve funcionar em Barreiros, a partir desta terça, e o outro, em Palmares.
Alagoas também registra problemas causados pelo excesso de chuvas. Até a noite de terça, no estado, foram confirmadas 29 mortes. Pelo menos 15 municípios decretaram calamidade pública. No total, 177 mil pessoas foram afetadas. Cerca de 600 estão desaparecidas.
O secretário de Comunicação de Alagoas, Nelson Ferreira, contou que a enxurrada destruiu a ferrovia Transnordestina. O trecho mais danificado foi o de União dos Palmares. A mesma estrada de ferro já tinha sido destruída durante as cheias em 2000. “A ferrovia passou dez anos em obras e estava prestes a ser reinaugurada. Essa enchente levou tudo embora de novo”, disse.
508 presos no país cumprem penas de mais de cem anos de detenção
Entre os apenados, 497 são homens e 11 são mulheres, segundo Infopen.
Longas condenações no Brasil ocorrem quando há associação de crimes.
Atualmente, o tempo máximo de permanência de um preso no Sistema Penitenciário, no Brasil, é de 30 anos. Ainda assim, o país tem 508 detentos condenados a passar mais de 100 anos atrás das grades. Entre esses apenados, 497 são homens e 11 são mulheres. Os dados são referentes a 2009 e fazem parte do Infopen – Sistema Integrado de Informações Penitenciárias, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça.
Durante esta semana, o G1 publica uma série de reportagens que destacam dados sobre a população carcerária no país. O levantamento traz também a opinião de especialistas.
A legislação brasileira impede que um detento passe mais de 30 anos na prisão. A pesquisadora do Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo (USP), Paula Ballesteros, acredita que longas condenações não são simbólicas e impedem que os condenados tenham acesso aos benefícios permitidos a outros presos condenados a penas mais brandas.
“Os benefícios dados ao preso, como progressão de pena, são contados sobre o número total de anos a que ele foi condenado. Por isso é importante que, de acordo com o crime, ele seja condenado a mais de 30 anos. Há presos que nunca vão progredir, nem pelo cumprimento da pena, nem por estudo e nem por trabalho”, diz.
De acordo com André Luiz de Almeida e Cunha, diretor de políticas penitenciárias do Depen, os presos com condenações extensas cumprem pena junto com outros. “Eles recebem um tratamento mais apurado por parte das gestões dos presídios, a fim de colocá-los para trabalhar, já que eles precisam muito da remissão de pena”, afirma. Para cada três dias de trabalho, o preso reduz um dia de pena, no caso de crimes não hediondos. Independentemente da progressão, o prazo máximo que uma pessoa pode permanecer presa no Brasil é de 30 anos.
Mesmo com a grande quantidade de presos condenados a mais de 100 anos, o crime com a maior pena no Brasil é o de extorsão mediante sequestro seguido de morte - que pode render, segundo Cunha, pena mínima de 25 anos e máxima de 30 anos. Penas acima dos 100 anos só são possíveis quando há a associação de diversos crimes, com qualificadores.
É o caso, por exemplo, de dois detentos acusados de envolvimento na morte de outros 27 presos na Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como Presídio Urso Branco, em Rondônia. Em maio deste ano, o Tribunal do Júri condenou um deles a 486 anos de prisão e o outro detento, a 445 anos e seis meses de reclusão. Cada detento foi julgado e condenado por 27 homicídios. Os crimes ocorreram em 2002.
Outro caso de grande repercussão ocorreu em São Paulo. Julgado em 2002, Francisco de Assis Pereira, conhecido como "maníaco do parque", foi condenado a 121 anos de prisão pelas mortes de dez mulheres, e estupro e roubo de outras nove.
Consequências do isolamento
Apesar de ser uma forma de punição, penas mais severas podem dificultar e até impedir a ressocialização do preso que deixa o Sistema Penitenciário. É o que afirma o advogado Roberto Aguiar, professor da Universidade de Brasília (UnB).
"É importante verificar o estado da mente de uma pessoa que fica 30 anos ou mais em uma prisão. Fui advogado de um homem preso por engano, no Carandiru, e quando conseguimos que ele deixasse a prisão, depois de anos, ele chegou à rua e desmaiou. Depois ficou durante anos com fobia. Não suportava lugares abertos e andava sempre perto das paredes. O isolamento pode ser trágico para a mente e os sentimentos das pessoas", afirma.
A pesquisadora Paula Ballesteros defende que os presos devem manter referências do meio externo. "Dentro da prisão é difícil ter a noção de privacidade, e é difícil inclusive encontrar o que fazer. Por isso, se não houver um contato com o meio externo, a manutenção de coisas essenciais à vida mesmo dentro do sistema, é muito difícil que a pessoa possa dar a volta por cima ao sair. É possível, mas a questão do egresso do sistema é tão problemática quanto a questão das vítimas de abusos e crimes, por exemplo", diz ao G1.
Transplante de Drica Moraes será feito na manhã desta quarta-feira
Hospital Albert Einstein divulgará boletim logo após procedimento.
Internada desde dia 14, ela irá se submeter a transplante de medula óssea.
A atriz Drica Moraes deve passar por um transplante de medula óssea na manhã desta quarta-feira (23), informou o Hospital Albert Einstein.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, não há como precisar o horário do procedimento pelo qual a atriz passará, mas um boletim deve ser divulgado por volta do meio-dia, logo após o término do transplante.
A atriz está internada desde o dia 14 em São Paulo. O transplante será comandado pelo hematologista Nelson Hamerschlak.
Drica, que mora no Rio, está com leucemia e se internou algumas vezes em hospitais da cidade para sessões de quimioterapia.
O transplante será realizado na unidade do Morumbi com doador não aparentado a partir de busca realizada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Segundo o hospital, o procedimento para o transplante será feito em três fases. Ele começou no dia 16, com a quimioterapia preparatória. Após a infusão da medula óssea ela ficará internada para o período de monitoramento da avaliação do sucesso do transplante.
Shopping processa cliente que teria saído sem pagar estacionamento
Justiça de SP manda cliente pagar cerca de R$ 800 em honorários e taxas.
Advogado afirma que acusação não procede; ele vai recorrer.
A Justiça de São Paulo condenou um cliente do Shopping SP Market, na Zona Sul de São Paulo, a pagar R$ 3 ao centro de compras sob a convicção de que ele deixou o estacionamento sem validar o tíquete e sem acionar a cancela. A decisão foi publicada em 14 de junho, um ano e meio depois do episódio, ocorrido em janeiro de 2009, e poderá causar ao motorista um prejuízo de mais de R$ 800. Segundo a sentença, o carro, um GM Classic Spirit, passou pela cancela aproveitando a abertura para o veículo que ia adiante.
O motorista alega que pagou o tíquete mas que, distraído, esqueceu de colocar o cartão no leitor. O valor da sentença de R$ 3 terá de ser corrigido monetariamente e com juros de 1% ao mês. Além disso, o cliente terá de pagar R$ 700 de honorários advocatícios e R$ 110 pelo preparo dos documentos. Cabe recurso e, até o julgamento final do processo, o pagamento do valor dos honorários ficará suspenso.
O advogado do motorista, Luiz Nardin, disse ao G1 que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo contra a sentença de primeira instância. Ele afirma que seu cliente - cujo nome pediu para não ser divulgado - pagou o estacionamento.
"O shopping está tentando impor uma conduta ao meu cliente que ele não praticou, mas não tem prova de que ele fez algo irregular", afirmou. Procurada pelo G1, a assessoria do Shopping SP Market disse que não se manifestaria. Segundo o advogado, assim como a maioria das pessoas, seu cliente se desfez do comprovante de pagamento do estacionamento.
Na ação de cobrança ajuizada no ano passado, o shopping pretendia que o cliente pagasse o valor referente a uma diária do estacionamento (R$ 24), além de indenização por danos morais. O juiz rejeitou pedido de pagamento de indenização alegando que o shopping, por ser empresa, prescinde de indenização por danos morais neste caso. Além disso, determinou que o cliente pagasse apenas pelas três horas de uso do estacionamento.
Cliente diz que se distraiu
No processo, o cliente alegou que pagou o estacionamento, mas, distraído, se esqueceu de inserir o cartão no sistema que aciona a cancela. Para o juiz, não é crível que o autor tenha pago o estacionamento e apenas deixado de apresentar o cartão ao leitor.
"É lamentável a conduta daquele que se aproveita da saída de outro veículo para deixar de pagar R$ 3 de estacionamento, seja por comodidade, por preguiça, por espírito de desafio ou por desonestidade", afirmou o juiz na sentença.
O advogado do motorista afirma que se o shopping tivesse procurado por seu cliente para exigir o pagamento, ainda que considerado injusto por ele, poderia ter evitado a situação. "É um absurdo movimentar a máquina judiciária por tal valor. Meu cliente ficou abismado com essa decisão. Para nós é mais uma questão moral do que judicial", afirmou.
Afegãos apoiam McChrystal e dizem que saída ameaça progressos no país
Presidente afegão expressou confiança no general americano.
Stanley McChrystal foi chamado a Washington após ter criticado Obama.
Oficiais afegãos disseram nesta quarta-feira (23) que a demissão do general americano Stanley McChrystal, que criticou o presidente Barack Obama em uma entrevista à revista 'Rolling Stone', acabaria com os progressos na guerra e poderia ameaçar a principal operação de segurança atualmente em curso nos territórios de atuação do Talibã, ao sul do Afeganistão.
Ao final de uma hora de videoconferência na noite desta terça-feira com Obama, o presidente afegão, Hamid Karzai, expressou sua confiança no chefe das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no país, informou o porta-voz de Karzai.
McChrystal foi convocado a Washington para explicar as declarações dadas à revista contendo críticas diretas a Obama, e a sua equipe de segurança nacional. Ele deve se reunir com o presidente americano ainda nesta quarta.
Enquanto o general era repreendido por seus superiores nos EUA, oficiais afegãos saíram em sua defesa, dizendo que ele aumentou a cooperação entre os afegãos e as tropas internacionais, trabalhou para diminuir as casualidades civis e ganhou a confiança dos afegãos.
"O presidente acredita que estamos em uma ligação muito sensível na parceria, na guerra ao terror e no processo de trazer paz e estabilidade ao Afeganistão, e qualquer buraco neste processo não vai ajudar", disse o porta-voz de Karzai. "Esperamos que não haja mudança na liderança das forças internacionais aqui no Afeganistão e que nós continuemos com a parceria do general McChrystal."
O caso aparece no mês que está para se tornar um dos mais mortais para as forças estrangeiras na guerra que já dura quase nove anos. O comando militar informou nesta quarta que dois membros do serviço americano morreram nesta terça em ataques a bombas separados no sul do país, aumentando para 69 o número de vítimas das tropas internacionais em junho - 43 deles eram americanos.
O episódio também ocorre no momento em que as forças da Otan e afegãs aumentam a segurança no sul da cidade de Kandahar, o lugar de nascimento do Talibã.
O meio-irmão mais novo de Karzai, Ahmad Wali Karzai, chefe do conselho provincial de Kandahar, deu a McChrystal um toque de apoio, dizendo a repórteres que a liderança do general americano seria sentida com pesar. "Se ele for demitido, irá atrapalhar a operação", disse Ahmad Karzai. "Definitivamente irá afetá-la. Ele começou tudo isso, ele tem uma boa relação com as pessoas. O povo confia nele e nós confiamos nele. Se perdermos essa importante pessoa, não acho que a operação acontecerá de uma forma positiva."
Em Cabul, o porta-voz do ministro da Defesa afegão também falou publicamente em favor do general, que está preparado para colocar seu cargo à disposição, segundo oficiais militares que falaram no anonimato à agência de notícias Associated Press.
Racha
O texto da revista, que cita anonimamente vários assessores de McChyrstal, aponta um racha entre os militares dos EUA e os assessores de Obama, num momento delicado para o Pentágono, que enfrenta críticas à sua estratégia na guerra do Afeganistão.
Segundo a reportagem, membros da equipe de McChrystal fazem piada do vice-presidente Joe Biden, que estaria contra os esforços do general para intensificar o combate à militância islâmica.
Outro assessor chamou o almirante da reserva Jim Jones, assessor de Segurança Nacional de Obama, de "palhaço" que "parou em 1985".
O próprio McChrystal é citado na reportagem como tendo se sentido "traído" pelo vazamento de uma comunicação sigilosa do embaixador dos EUA no Afeganistão, Karl Eikenberry, no ano passado. O telegrama manifestava dúvidas sobre o envio de reforços militares para apoiar um governo afegão sem credibilidade.
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