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Videogame que treina a mira de policiais chega ao Rio no 2º semestre; G1 testou
Ao custo de R$ 640 mil, Amazonas é o 1º estado a ter o equipamento. Policiais civis e militares do Rio ganharão três salas para aperfeiçoar o tiro.
O cenário é o mesmo de um filme de ação. Desconfiado, um policial grita para o suspeito: “Afaste-se do carro e coloque as mãos na cabeça”. O suspeito reage ao comando apontando a arma para o agente. O tempo é curto e a mira tem que ser precisa. Num único disparo o bandido cai no chão, morto. A ação policial é considerada um sucesso e o policial sai ileso.
A cena não se passa nas ruas ou favelas onde são comuns os confrontos, e sim numa sala escura em Manaus, onde um videogame de última geração dá vida a bandidos e simula as ações de combate do cotidiano dos grandes centros urbanos. O G1 foi até lá testar a tecnologia, que chegará ao Rio no segundo semestre deste ano. Três salas idênticas estarão à disposição de policiais civis e militares, que atualmente treinam em alvos de papel. O investimento previsto é de R$ 3 milhões.
Os ingredientes do videogame são os mesmos do dia a dia: o policial aborda o suspeito, tenta negociar sua rendição e, se ameaçado, acerta (ou erra) o alvo. O agente interage com o bandido durante todo o tempo.
Amazonas sai na frente
Para acertar o alvo é preciso mirar no peito do criminoso (Foto: G1)
É na Secretaria de Segurança Pública do Amazonas que seis telas num espaço em formato de hexágono projetam o que há de mais moderno na linha de simulação de ações perigosas. As imagens cobrem 360º. O objetivo é aperfeiçoar a mira de 10 mil policiais que atuam na região. O tiro, a laser, tem que ser certeiro para derrubar o inimigo virtual, que aparece em tamanho natural na tela.
“Esse sistema vai preparar melhor o policial para a segurança pública. Muitos turistas vão estar aqui na Copa de 2014 e temos que estar bem preparados. Foi um investimento de R$ 640 mil, mas os benefícios são inúmeros. Primeiro, custo e risco zero. Segundo, treinar bem os nossos policiais. Não serve para treinar pistoleiros, serve para treinar bons policiais que têm a consciência que a arma só deve ser usada em extrema necessidade, para defender a vida dele ou de terceiros. Outro benefício importante é corrigir a postura do policial. Cada cena é treinada exaustivamente e o policial só vai partir para o treinamento real, de estande de tiro, depois que ele corrigir todos os seus maus hábitos”, explica Francisco Sá Cavalcante, secretário de Segurança Pública do Amazonas.
Arma de verdade, tiro de mentira
O treino é feito com armas de verdade, mas a munição é de mentira. No caso das de pequeno porte, como as pistolas, as balas são substituídas por um cilindro de gás. Já os fuzis usam gás carbônico para simular o tiro. Se o policial erra o alvo e é atingido pelo inimigo, recebe um choque. Um cinto preso à cintura que dispara a descarga elétrica se encarrega de avisar que ele “morreu”.
O tempo de duração do treino virtual varia de 1 a 5 minutos e os cenários são inúmeros. O treino pode ser feito por um policial sozinho ou em grupos de quatro. O policial pode treinar a sua reação em situações como assaltos, operações policiais com helicópteros, ataques de gangues e roubo com reféns. Em Manaus, são cerca de 70 cenários que se desdobram em mais de 300, já que o instrutor pode escolher entre quatro possíveis desfechos. A ideia é surpreender o policial para que ele não saiba como o inimigo vai agir.
Também é possível criar novos cenários e adaptá-los a realidade de cada local.
“Temos aqui um ataque à tropa americana no Iraque e no Afeganistão, mas não usamos porque não faz parte do nosso dia a dia. Mas você pode fazer uma filmagem nova porque o sistema aceita. Você pode, por exemplo, filmar uma operação policial numa favela ou num morro do Rio e instalá-la no simulador para corrigir as distorções. O programa treina o policial para que ele tenha o reflexo de reagir corretamente. Ele tem poucos segundos para tomar a decisão de disparar ou não”, conta o coronel Max Lopes da Silva, um dos responsáveis pelo o uso do sistema no Amazonas.
Bope e Força Nacional treinaram
Policiais interagem com o inimigo virtual e tentam convencê-lo a se entregar (Foto: Cláudia Loureiro/G1 )
No final do ano passado, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Força Nacional de Segurança estiveram em Manaus para testar o ‘game’. Alguns policiais civis e militares também já testaram o equipamento e deram suas impressões.
“O simulador não vai substituir o aprendizado de um tiro normal, que a gente sempre primou. É um passo a mais. Depois que o policial sabe atirar, o simulador serve para situações específicas, porque admite erros e a rua não admite”, alerta o major Paulo Roberto das Neves, do Centro de Instrução Especializada em Armamento e Tiro (Cieat), em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
A sensação, segundo ele, é impressionante. “São várias cenas reais e você fica no meio. Você acaba se deixando envolver pelo clima, tem o jogo de luz, de som, você entra no clima, há uma tensão, uma recepção ríspida num bar, você esquece que aquilo ali não é realidade. O sistema trabalha com essa parte psicológica. Se um tiro pegou um inocente, a carreira está prejudicada. E se ele tomou um tiro, vai tomar mais cuidado com a segurança dele”.
De acordo com o major, todos os policiais que saem de férias precisam passar por uma reciclagem quando retornam o trabalho. Nesse período, os treinos são pesados. “É o dia inteiro dando tiro. São mais ou menos 100 disparos e todas as armas são utilizadas”. Além de usar o videogame na capacitação do policial, a ideia é que ele faça parte da formação de cadetes e soldados.
Para o subchefe operacional da Polícia Civil, Carlos Oliveira, que experimentou o sistema em 2007, em uma viagem a Miami, um ponto positivo é a economia.
“Tive contato com isso fora do país, um modelo diferente, mas a ideia é a mesma. São várias situações possíveis. É exatamente o que a gente precisa com relação à busca da eficiência. Você pode interagir com as imagens, as situações que se aproximam muito da realidade, mas com a possibilidade de você refazer o que saiu errado, refazer todo o treino pra corrigir o erro. Fora a economia, já que você não gasta munição. Tá na cota certa do que precisamos”.
Busca por crédito começou 2010 em queda, mostra Serasa
Recuo foi de 1,1% em janeiro na comparação com o mês anterior. Maior queda ocorreu entre consumidores com renda de R$ 500 a R$ 1 mil.
Com cara de livraria, biblioteca é inaugurada onde funcionava o Carandiru
Veja fotos em 360º das áreas interna e externa. Custo foi de 12,5 milhões; acervo tem 30 mil itens.
No local onde funcionava a Casa de Detenção do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, será inaugurada nesta segunda-feira (8) a Biblioteca de São Paulo. A abertura ao público será na terça. Com pufes coloridos e poltronas confortáveis, o novo espaço cultural, que ocupa um pavilhão de 4.257 m2, foge do estereótipo da biblioteca pública com ar austero e lembra mais uma livraria moderna de grande rede. A inauguração marca a etapa final da mudança do lugar que chegou a ser o maior presídio da América Latina, com cerca de 8.000 presos e foco de constantes rebeliões e fugas. A transformação começou em 2002, quando os primeiros pavilhões com as celas foram implodidos e deram origem, anos depois, ao Parque da Juventude. Dos sete pavilhões originais, somente dois foram mantidos e, depois de reformados, passaram a abrigar uma escola técnica. "É com muita alegria que vamos ocupar esse lugar de tão triste memória”, afirma o secretário estadual de Cultura, João Sayad. A biblioteca foi pensada com o objetivo de incentivar a leitura e será um centro de treinamento para todas as bibliotecas municipais que existem no estado de São Paulo. "O frequentador vai encontrar os livros expostos pela capa, sem pretensão didática ou de erudição. Vão estar ali os livros mais procurados e os lançamentos recentes. O local pretende ser uma biblioteca que chama o público para ler. Vai ter Playboy, Claudia, Capricho e Caras", enumera Sayad.
O prédio da biblioteca foi erguido inicialmente com a proposta de abrigar eventos e exposições, mas ficou fechado por alguns anos, sem nunca ter sido usado. Por causa das dimensões e do fácil acesso -fica em frente à estação do metrô Carandiru- foi escolhido para a biblioteca. Da construção original, que, com suas paredes de vidro, privilegia a integração com o verde do parque, pouco precisou ser mudado. "As intervenções incluíram colocação de revestimento e isolamento acústico, mas a estrutura não foi mexida", afirma a idealizadora e gestora do projeto, Adriana Ferrari, assessora de gabinete da secretaria. O investimento de implantação foi de R$ 12,5 milhões (R$ 10 milhões do estado e R$ 2,5 milhões do Ministério da Cultura). O custeio será de R$ 4 milhões. Uma verba adicional de R$ 1 milhão deve ser destinada todo ano para a atualização do acervo. Com cerca de 30 mil itens, que incluem livros, DVDs, CDs, revistas, quadrinhos e jornais, a biblioteca dispõe de equipamentos de última geração, como um terminal de auto-atendimento, que permite ao usuário cadastrado liberar o empréstimo sozinho. Também há a preocupação com acessibilidade: o local tem de elevador e impressora em braile a software que faz a leitura em voz alta. O acesso à internet será de graça e computadores estão espalhados por todos os lados. "A ideia é usar esses recursos concorrentes do livro, como a internet, a música e o DVD, para atrair o interesse pela leitura", diz Adriana. De "Dom Casmurro" ao "Diário de Bridget Jones", o acervo promete agradar a todos os gostos e ter um pouco de tudo.
Cabana de leitura na área destinada ao público infanto-juvenil da Biblioteca de São Paulo (Foto: Daigo Oliva/G1)
A biblioteca é dividida por faixa etária. Cabanas coloridas, com cadeiras e pufes, são o centro da atenção do pavimento térreo, destinado às crianças e aos adolescentes. Dependurados dos tetos, aviõezinhos de papel em tamanho gigante compõem a decoração. Nesse andar também há um auditório para palestras e eventos e uma área externa coberta, com café e espaço para apresentações artísticas. O primeiro andar é destinado ao público adulto. Com mesas de leitura, computadores e poltronas, o ambiente é aconchegante. O acervo com livros e DVDs de conteúdo adulto ficarão numa área restrita, com acesso permitido para maiores de 18 anos. A expectativa é receber cerca de 700 pessoas diariamente. "Estamos muito animados e acreditamos que a biblioteca será muito bem recebida pela população", diz a diretora da biblioteca, Magda Maciel Montenegro. Ela é integrante da Poiesis, organização social que administra também o Museu da Língua Portuguesa e a Casa das Rosas. O local ficará aberto de terça a sexta das 9h as 21h, e, nos finais de semana e feriados, até as 19h. "Se houver demanda, também podemos pensar em abrir às segundas", diz Magda.
Serviço
Biblioteca de São Paulo Endereço: Parque da Juventude. Avenida Cruzeiro do Sul, 2.630, Prédio 3 - Fica ao lado da estação de metrô Carandiru (Linha Azul) - Há estacionamento pago para carros Horários de funcionamento: Terça a sexta, das 9h às 21h. Sábado, domingo e feriado, das 9h às 19h Entrada: gratuita
Terraço da biblioteca tem vista para o Parque da Juventude (Foto: Daigo Oliva/G1)
Corpo é encontrado em trem de pouso de avião em Tóquio
Médicos acreditam que faleceu vítima de hipotermia e falta de oxigênio. Ele não tinha passaporte, mala ou objetos pessoais.
O corpo congelado de um homem negro foi encontrado em um dos trens de pouso de um avião da companhia americana Delta Airlines na chegada a Tóquio, na noite de domingo (7), procedente de Nova York, anunciou a polícia.
O corpo foi localizado por um mecânico do aeroporto internacional de Narita pouco depois do pouso do Boeing 777 da Delta. "O homem estava morto. Os médicos acreditam que faleceu vítima de hipotermia e falta de oxigênio quando o avião atingiu a altitude de cruzeiro a mais de 10.000 metros", disse o porta-voz da polícia de Narita, Yoshimi Ichihara.
O homem não tinha passaporte, mala ou objetos pessoais, segundo Ichihara. A polícia tenta confirmar a identidade da vítima.
O carnaval carioca começou um pouco mais cedo este ano. Pelo menos para as 14 mil pessoas que lotaram a HSBC Arena na noite deste domingo (7) e puderam acompanhar de perto a primeira apresentação de Beyoncé na cidade. Tão animado quanto um desfile de escola de samba, o show teve duas horas de duração e sacudiu o público, que cantou e dançou junto com a cantora por cerca de duas horas. Apesar da animação, a desorganização do lado de fora da arena fez com que muita gente chegasse atrasada. Uma fila gigantesca se formou por causa da demora na abertura dos portões. Quem foi de carro e utilizou o estacionamento do lugar acabou privilegiado, já que o acesso era diferente e menos movimentado. Por conta disso, alguns taxistas chegavam a cobrar R$ 30 apenas para levar os espectadores da fila para dentro do estacionamento, num percurso de apenas cem metros.
Pouco depois das 19h, Wanessa subiu ao palco para o show de abertura. Sem banda, cantou por cerca de 20 minutos (covers, em sua maioria, como “Hips don’t lie”, de Shakira) acompanhada apenas por quatro dançarinas e um DJ. Vestida com uma roupa branca e justa, com detalhes em prateado, não chegou a empolgar o público, que aguardava mesmo a atração principal.
'Melhor lugar do mundo'
Com um atraso de pouco menos de meia hora, Beyoncé subiu ao palco para delírio da plateia. Um telão de altíssima definição exibia imagens do palco e da competente banda formada apenas por mulheres. “Deja vu” e o sucesso “Crazy in love” foram executadas em sequência, seguidas por “Naughty girl”, “Freakum dress” e “Get me bodied”, o que garantiu um início de show acelerado.
“O melhor lugar do mundo é o Brasil. Digo isso do fundo do meu coração. Estou muito feliz por estar aqui”, disse a cantora, pouco depois da primeira de uma dezena de vezes em que troca de figurino. Suas roupas, aliás, procuram sempre destacar os seios e pernas, as partes mais exageradas, por assim dizer, de sua silhueta.
Beyoncé é extremamente simpática. Além de sorrir sempre, brinca com sua banda e seus bailarinos - quando as agitadas coreografias permitem -, faz elogios ao público e convida todo mundo a cantar junto com ela.
“Sei que as pessoas do fundo são as que se divertem mais”, grita a diva, fazendo um agrado aos ocupantes dos lugares menos privilegiados.
Após vestir uma espécie de vestido de noiva estilizado durante as canções mais românticas do setlist, é a vez de trocar de roupa novamente para “If I were a boy”, num dos momentos mais rock ‘n’ roll da apresentação. Rock ‘n’ roll também são as musicistas de sua banda que, vez por outra, arriscam solos e improvisos de guitarra e saxofone. Uma versão de “You oughta know”, da canadense Alanis Morissette, levanta suspeitas definitivas de que Beyoncé é uma grande admiradora do gênero.
Apoiadas no repertório e coreografias do show, as cores e imagens exibidas no telão criavam o cenário perfeito para cada canção, como na balada “Smash into you”, onde o fundo do mar azul tomou o palco. Ou em “Radio”, em que são exibidas cenas caseiras da cantora ainda criança, muito antes de se tornar a artista vencedora de seis prêmios na mais recente edição do Grammy, realizado no último dia 31.
Homenagens
Um trecho instrumental do show relembrou “Billy Jean”, “Smooth criminal” e “Beat it”, sucessos de Michael Jackson, tempo suficiente para que a cantora mudasse de lugar e aparecesse de surpresa, segurando uma bandeira brasileira, num pequeno palco erguido no centro da arena. Dali, comandou o show quase que até o fim, ora em companhia dos dançarinos, ora apontando para as arquibancadas, descrevendo espectadores e lendo faixas e cartazes.
Em “Say my name”, perguntou o nome de um rapaz na pista. “Cauê”, ele respondeu. E, de improviso, encaixou o substantivo próprio na letra da canção, enquanto o telão exibia imagens do incrédulo homenageado. Por fim, cantou uma extensa versão de “Halo”, em que prestou mais homenagens a Michael Jackson. “Cantem comigo todos aqueles que foram tocados pela magia de Michael”, disse a cantora, enquanto uma foto do rei do pop ilustrava o fundo do palco. Antes se despedir, cantou “Parabéns pra você” aos aniversariantes do dia (“esta é uma tradição em meus shows”) e se declarou para o público carioca: “Sou de vocês. Nunca os esquecerei”. Beyoncé faz mais um show no Rio nesta segunda (8). Na quarta (10), se apresenta em Salvador na despedida da turnê “I am” do Brasil. RIO DE JANEIRO (Com show de abertura de Wanessa) Quando: segunda (8), às 20h Onde: HSBC Arena, Av. Embaixador Abelardo Bueno, 340. Abertura dos portões às 17h. Ingressos: De R$ 120 a R$ 750. Estudantes pagam meia-entrada. Informações: www.livepass.com.br / 4003 1527 (custo de ligação local) SALVADOR (Com show de abertura de Ivete Sangalo) Quando: quarta (10), às 21h Onde: Parque de Exposições de Salvador – Avenida Luís Viana. Ingressos: De R$ R$ 60 a R$ 400. Informações: www.livepass.com.br / 4003 1527 (custo de ligação local)
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