Japão lança cemitério com alta tecnologia
Em Tóquio, parentes usam cartão com senha para 'acessar' caixões.
Um caixão custa R$ 15 mil, um quinto do preço de cemitério convencional.
Os japoneses estão apelando para "túmulos de alta tecnologia" para se virar na superlotada cidade de Tóquio. Os cemitérios do país estão oferecendo opções tech para que as almas possam "descansar em paz" a preços módicos. O Kouanju é um templo budista de seis andares no centro de Tóquio. Todos os seus 6.850 "moradores" estão mortos e "dormem" em caixões de mármore. O local tem capacidade para até 100 mil pessoas, entre corpos enterrados e cremados. Na hora que os parentes querem homenagear os mortos, basta digitar uma senha e usar um cartão magnético. Uma esteira traz os caixões até eles. Leva apenas um minuto para o caixão ir parar em frente a uma pequena fonte, um local privado e apropriado para as orações dos parentes e amigos. "Aqui, você não precisa andar pelo cemitério para achar seu túmulo. Usando um cartão, o seu túmulo vem até a você", diz uma viúva. "É especialmente conveniente para quem vem pela primeira vez e para amigos." A ideia deu tão certo que o templo está construindo outro cemitério semelhante do lado. Um caixão de mármore no Koaunju sai por US$ 8.635 (R$ 15 mil). A manutenção custa US$ 170 (quase R$ 300) anuais. É mais ou menos um quinto do preço de um cemitério convencional na região.
'Só dependo de homem para matar barata', diz mulher que quer ser pedreira
Projeto Mão na Massa qualifica mulheres para a construção civil. Crescimento da economia e obras do PAC motivaram a idealizadora.
Nada de curso de manicure ou cabeleireira. A jovem Eliziane Sousa, de 22 anos, quer ser pedreira. “Acho que tinha que abrir mais oportunidades para mulheres em empregos que hoje são só para homens. A gente ainda depende de homens só para matar barata”, ironizou ela, afirmando que gosta de obra e é boa em eletricidade. Eliziane estuda à noite e espera que o marido a ajude mais com os serviços domésticos quando ela começar a pegar pesado nas obras: “Ele só faz faxina. Não lava, cozinha nem passa roupa. Acho que daqui a uns anos a mulher vai mandar nos homens em muitos empregos. Por exemplo: vai ter mais mulher chefe e homem secretário”, disse. “Mulher pode trabalhar em obra sim, é só abrirem as portas. O problema é que quando abrem, a gente entra e toma conta”. A frase é da engenheira Deise Gravina, idealizadora do projeto Mão na Massa, que qualifica mulheres, gratuitamente, para trabalhar na construção civil e que, na manhã desta quarta (4), recebeu cerca de 300 delas para a inscrição da nova turma, que tem 60 vagas. Na terça (3) outras 100 já haviam se inscrito.
Segundo a engenheira, o aquecimento da economia brasileira e as novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro foram os motivos que a levaram a seguir adiante com a idéia de inserir a mulher nesse mercado de trabalho, que ainda é visto como só para homens. Deise acredita que com as Olimpíadas de 2016 a cidade vai virar um canteiro de obras e as novas pedreiras vão se aproveitar desse momento.
Pedreira e carpinteira são as duas funções que essas mulheres, com idade de 18 a 45 anos, desejam exercer daqui a seis meses – tempo de duração do curso. O salário inicial é de R$ 760,00. Mas, segundo as organizadoras, como a hora-extra na construção civil é de 100%, a maioria, após seis meses de emprego, acaba ganhando mais do que mil reais.
Vantagens femininas
Para Deise, as vantagens em se trabalhar com a mulher numa obra são muitas: elas são mais detalhistas, mais limpas, organizadas, mais econômicas com o material (porque sabem administrar e não desperdiçam) e estão sempre querendo mais serviços. A fundadora do Mão na Massa contou que quando começou a carreira, dando ordens aos peões, pensava: “Se tivesse uma mulher aqui, ficaria mais bem acabado”. Deise contou ainda que ser forte não é mais necessário nessa profissão, já que hoje há maquinários que evitam o uso excessivo da força. “Hoje o concreto já vem pronto, por exemplo”, disse ela, que acredita que o grande desafio é vencer o paradigma e impor respeito diante dos homens nas construções.
Batom e poeira
Lúcia Helena dos Santos, de 33 anos, é casada com um militar, tem três filhos e nunca trabalhou com carteira assinada porque o marido “é um ditador”. Ela chegou às 7h20 desta quarta na fila de inscrição, que só começou às 8h, e esperou por mais de três horas para ser atendida. “Eu vim porque quero liberdade, meu marido nem sabe que estou aqui, vai ficar chocado”, contou ela, que tem o sonho de estudar pedagogia, “mesmo que seja a última coisa na minha vida”, completou. “Meu pai era pedreiro e eu sempre dei palpite em obra. A mulher está conquistando esse espaço porque é mais detalhista e eficiente. Eu que faço tudo lá em casa, até trabalho de eletricista, e fica muito bom. Meu marido não faz nada”, afirmou ela, entusiasmada com o novo rumo da sua vida.
Empolgada, Carla Araújo Nogueira, de 23 anos, disse que foi acordada pelo marido para não perder a inscrição do curso de pedreira e carpinteira, que terminou nesta quarta. “Já fui babá, auxiliar de serviço, vendedora de loja em shopping, mas trabalhar em obra nunca me veio à cabeça. Quando pensei que poderia consertar a casa dos meus pais, vi que isso podia ser um sonho”, disse.
A vaidade feminina não perde a vez, mesmo com capacete e botas de pedreira. Segundo a fundadora do projeto, elas todas usam maquiagem e só não colocam brinco porque é proibido. Carla brincou: “Vai ter que misturar poeira com batom”.
Ela contou que vem de uma família pobre e que sempre ajudou a mãe nas obras da casa: “Puxei a minha mãe, não tenho medo de eletricidade e ajudo a carregar tijolo. Ela que fez o banheiro todinho da minha casa”. Para Carla, o trabalho da mulher sempre fica mais bonito, pois o homem não se preocupa com o acabamento.
O projeto
O projeto, promovido pela Federação de Instituições Beneficientes, começou em 2007 e já qualificou 150 mulheres. Dessas, 70% estão empregadas. Em janeiro de 2010 abrirá uma nova turma, dessa vez com 100 vagas para carpinteiras.
Orgulhosa dos bons resultados, Deise contou que as empresas por onde as formadas passaram ficaram satisfeitas e querem trabalhar com as mulheres. “Temos meninas de 20 anos ganhando R$ 1.300 e que nunca tinha pegado em um serrote”.
Matemática, português, informática, preservação do meio ambiente e segurança do trabalho fazem parte da grade de aulas do curso. A qualificação profissional é realizada através do Senai. As mulheres também realizam aulas práticas, supervisionadas por uma equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos de edificação.
Brasil não vai impor suas condições em Copenhague, diz Lula
Em Londres, presidente disse que país chegará a Dinamarca com proposta única de ação.
O Brasil chegará à reunião das Nações Unidas para a discussão do combate às mudanças climáticas, no mês que vem em Copenhague, com uma proposta única do governo para ações, mas "sem querer impor condições" aos outros países, segundo afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, durante visita a Londres.
"O Brasil não vai a Copenhague para impor suas condições. O Brasil vai apresentar suas metas com a disposição de construir um consenso com os outros países", afirmou Lula.
Segundo ele, o Brasil já apresentou propostas individuais de combate ao aquecimento, como a meta de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, mas ainda deve estudar outras possíveis propostas.
O presidente afirmou que o governo brasileiro deve finalizar na semana que vem, entre os dias 13 e 14, uma posição única "para que não haja dois ministros falando coisas diferentes" durante a reunião.
Lula se disse disposto a comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), na capital dinamarquesa, desde que outros líderes das grandes nações do mundo também se comprometam a participar da reunião para fechar um acordo de combate ao aquecimento global.
Após um encontro com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, no qual a questão das mudanças climáticas foi discutida, Lula disse ter recebido a garantia de que o premiê estará em Copenhague.
Ele disse esperar que outros líderes mundiais importantes, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ou o presidente da China, Hu Jintao, também estejam presentes na Dinamarca para o fechamento de um acordo internacional.
"Precisamos sobretudo convencer os Estados Unidos, que tentam convencer a China", disse Lula.
Para o presidente, "o pior que poderia acontecer é que a sociedade tivesse a impressão de que os seus líderes não estão assumindo o compromisso com o clima".
Lula está em Londres para uma visita de dois dias com o principal objetivo de atrair mais investimentos estrangeiros ao Brasil.
Na manhã desta quinta-feira, o presidente participa do seminário "Investindo no Brasil", organizado pelos jornais Financial Times, da Grã-Bretanha, e Valor Econômico, do Brasil.
Ao lado do presidente estarão também os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, além dos presidentes do Banco Central e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Nesta quarta-feira à tarde, a comitiva do governo brasileiro em Londres participou da inauguração de um escritório do BNDES na capital britânica.
O objetivo do escritório é ajudar a financiar a expansão no exterior de empresas brasileiras e também investimentos no Brasil por empresas estrangeiras. Para o presidente, a abertura do primeiro escritório do BNDES no exterior é "a primeira demonstração de que queremos cuidar de nossas empresas no exterior, mas também de que queremos convencer as empresas do exterior a investir no Brasil, ajudando a captar os recursos necessários para os investimentos".
Durante discurso na inauguração, Lula afirmou que "o Brasil cansou de ser pequeno e de pensar pequeno".
"Não tem jeito de o Brasil se tornar uma grande nação se o governo, as empresas e o povo pensarem pequeno", afirmou o presidente.
Para Lula, a candidatura bem sucedida do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016 é um exemplo de como o país deve pensar grande em seus projetos.
Chuva causa estragos no RS
Em Pelotas, moradores ficaram sem energia. Em Capão do Leão, desabrigados seguiram para ginásio.
A chuva e o granizo provocaram estragos no Rio Grande do Sul, desde a noite de quarta-feira (4). Em Pelotas, os bombeiros têm informações de pelo menos 40 residências afetadas. A companhia de energia diz que 5 mil consumidores tiveram o fornecimento suspenso.
A chuva forte também atingiu Uruguaiana.
Em Capão do Leão, pelo menos dez famílias saíram de suas casas. De acordo com a prefeitura, parte delas seguiu para um ginásio e o restante, para imóveis de
Lugo demite chefes das Forças Armadas após rumores de golpe
Presidente do Paraguai negou que haja plano contra o governo, mas ordenou as demissões.
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, demitiu, nesta quarta-feira (4), os chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica após negar a possibilidade de um golpe militar contra o governo.
Segundo um comunicado divulgado pelo setor de imprensa das Forças Armadas, Lugo deve empossar novos comandantes na quinta-feira (5). A decisão de Lugo foi tomada um dia depois de ele ter negado, em entrevista coletiva, que haveria um plano de um golpe militar contra o governo. "Posso garantir, como chefe das Forças Armadas, que institucionalmente não existe nenhum perigo de golpe de Estado promovido pelos militares", afirmou.
Lugo ressaltou ainda que "nada e ninguém moverá o povo paraguaio do Palácio (presidencial) de López até 15 de agosto de 2013", em referência a data final do atual mandato.
Os rumores sobre o suposto plano de golpe de Estado começaram a surgir com uma declaração do secretário de relações internacionais do Partido Comunista Venezuelano (PCV) e vice-presidente do Grupo Venezuelano do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Carolous Wimmer.
Segundo a imprensa local, ele teria dito que os Estados Unidos e setores da direita paraguaia queriam concretizar um "golpe contra o governo de Lugo".
De acordo com a edição online do jornal Última Hora, pouco antes do comunicado sobre as mudanças na cúpula militar, a embaixadora dos EUA em Assunção, Liliana Ayalde, negou as acusações de Wimmer.
"O que estamos fazendo aqui é uma cooperação, onde existe transparência. Desconheço e desminto totalmente (versões de organização de um golpe)", disse ela ao jornal.
Além do comentário de Wimmer, o jornal paraguaio destaca ainda que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teria sugerido um possível golpe contra o governo de Lugo durante a reunião da Alba na Bolívia.
Segundo o jornal, ele teria tido que "os ultradireitistas paraguaios usam a Bolívia como desculpas para atacar o governo de Fernando Lugo. Os golpistas estão preparando golpe".
Recentemente, Bolívia e Paraguai tiveram diferenças na região de fronteira. Após declarações dos políticos venezuelanos, o Senado paraguaio emitiu declaração pedindo a Lugo que exigisse explicações, via diplomática, do governo venezuelano. De acordo com a imprensa local, Lugo teria encaminhado o documento ao Ministério das Relações Exteriores paraguaio.
Fernando Lugo vive diferenças com seu vice-presidente, Federico Franco, e outras dificuldades políticas, já que não conta com a maioria no Congresso Nacional.
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