| Rio das Ostras Jornal

Há quase 15 dias morando em aeroporto, alemão diz que aguarda 'amada' o buscar

Ele espera mulher que conheceu em Indaiatuba. Infraero ofereceu ajuda, mas estrangeiro recusou volta para seu país.

O alemão Heinz Müller, de 46 anos, está morando há quase 15 dias no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, a 93 km de São Paulo, à espera de uma mulher que diz ter conhecido pela internet. “Ser famoso não me interessa, quero estar em uma família, ser feliz”, afirma o homem, misturando palavras em português, espanhol e alemão.

Müller chegou ao Brasil em 4 de outubro para, segundo ele, encontrar uma moradora de Indaiatuba, a 98 km da capital paulista. Eles conversavam pela internet desde 18 de março deste ano. “Eu dizia eu te amo mais a cada dia e ela, te amo mais a cada instante”, conta. Por causa deste amor, decidiu voltar ao Brasil – ele conta já ter vivido em Curitiba, no Paraná, entre agosto de 2006 e abril de 2007.

No dia seguinte à chegada ao país, o alemão diz ter encontrado a sua "doce amada", de nome Josiane, em um hotel de Indaiatuba. Ele afirma que eles alugaram uma casa e passado alguns dias juntos. O homem não sabe descrever, porém, como chegou ao aeroporto. Ele afirma apenas que precisou ir até Viracopos para passar na Polícia Federal e, desde o dia 16 de outubro, espera que a mulher o busque no local. A documentação do homem está em dia e, como não há incidentes envolvendo Müller dentro do aeroporto, ele não pode ser retirado do local – a área que ele ocupa é pública.

De acordo com Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), apesar de ter um papel com um número de telefone que seria de sua amada, o alemão não consegue localizá-la. Ainda, segundo o órgão, Müller pode ficar em Viracopos o tempo que quiser, desde que não incomode os demais passageiros. Há 13 dias, ele ocupa uma cadeira do terminal de passageiros do aeroporto. Não se separa do carrinho com seus pertences: um laptop, a pasta com documentos, uma mala de roupas, uma impressora e um saco de roupas sujas. Na tarde desta quarta-feira (28), ele diz que estava com apenas R$ 10 no bolso. O alemão dorme sentado no banco e troca de roupas no banheiro do terminal. Ele afirma que come quando alguém o oferece alimentos. “Umas vezes me dão, outras não.”

Ex-piloto O alemão conta ter nascido em uma cidade perto de Munique. Diz que foi soldado durante 11 anos e, depois, piloto de avião. Müller afirma ter pilotado no período que morou no México e na Alemanha. O alemão mostra, inclusive, fotos dele com roupas de comandante e de soldado - ele conta que se aposentou em 2004. Depois disso, descobriu que tem Mal de Parkinson. Durante o período em que morou em Curitiba, ele afirma ter casado com uma brasileira. Em abril de 2007, voltou para a Alemanha e a mulher seguiu para lá um ano depois. O relacionamento acabou, ainda segundo o relato de Müller, no fim do ano passado. Meses depois conheceu Josiane pela internet e decidiu que queria voltar ao Brasil. “É um país bonito, é diferente. Eu gosto de coisas diferentes”, afirma. O grande objetivo de Müller agora é conseguir acesso à internet para conversar com Josiane – ele mantém a foto dela na tela do computador. “Eu a amo muito. Quero passar meus dias felizes com ela, quero trabalhar”, conta. Ele diz a todo momento que a mulher trabalha muito. O alemão conta ainda que deve receber um dinheiro em seu país nos próximos dias, mas não sabe como transferi-lo para o Brasil, porque não tem conta no país. Ele não cogita a possibilidade de voltar para a Alemanha. “Quero ter passaporte brasileiro.” A Infraero diz que já conseguiu vaga em um abrigo para o alemão, mas ele não aceita deixar o aeroporto.

Bebês de brasileiras nascem no Uruguai após fechamento de hospital gaúcho

Santa Casa de Santana do Livramento foi interditada em 16 de outubro. Nove mães atravessaram a fronteira até uma maternidade em Rivera.

Nove mulheres gaúchas tiveram de atravessar a fronteira do Brasil com o Uruguai após entrarem em trabalho de parto e não terem atendimento médico em Santana do Livramento (RS). A Santa Casa de Misericórdia da cidade foi interditada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-RS) em 16 de outubro deste ano. A única saída das mães foi buscar a maternidade do Hospital Rivera, no país vizinho.

Para a estudante Caren Rangel, 24 anos, a situação é “vergonhosa”. “Acho um absurdo ter de atravessar a fronteira para procurar um médico.” Ela fez todo o pré-natal no posto de saúde em Santana do Livramento e a filha dela, Natália, nasceu em Rivera no sábado (24).

Caren espera que a filha possa tirar proveito da dupla cidadania. “O lado bom de tudo isso é que minha filha vai ter dupla cidadania, poder usar os serviços básicos dos dois países. O lado ruim da história é não ter, agora, atendimento médico em minha cidade. Tive sorte de chegar rápido ao hospital uruguaio, pois minha filha nasceu uma hora depois de atravessar a fronteira.”

Segundo ela, Natália nasceu com 2,480 quilos e foi registrada em um cartório uruguaio. “A certidão de nascimento no Uruguai vai ficar pronta em dez dias. Depois disso, ainda não sei o procedimento correto para também registrar minha filha no Brasil”. Caren tem outra filha, brasileira, de 3 anos.

Outra mãe que passou pela mesma situação é Diva Dutra Teixeira, 26 anos. Ela entrou em trabalho de parto no domingo (25) e foi levada de ambulância para a cidade estrangeira. “Achei essa situação horrível, porque queria ter meu filho perto de casa. Agora, não faço a menor ideia de como providenciar os documentos dele. Só sei que o registro dele no Uruguai está para ficar pronto”.

Ela tem dois filhos brasileiros, de 7 e 3 anos. O filho uruguaio de Diva recebeu o nome de João Pedro e nasceu com 3,550 quilos.

Segundo Wainer Machado, prefeito de Santana do Livramento, a interdição do hospital foi uma medida exagerada, já que se trata do único local de atendimento médico para a população local. “Não temos como reverter a decisão, que foi tomada pela diretoria do CRM. Segundo eles, não há condições de prestar atendimento, mas eu acho um exagero. Há melhorias a serem feitas, mas o pronto-atendimento poderia permanecer aberto.”

Sem consultas e exames

Em nota, o conselho informou que a interdição ética da instituição foi tomada em acordo com o corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia e que a medida tem o objetivo de proteger médicos e pacientes da péssima situação em que se encontra o hospital. Ainda de acordo com o documento, estão proibidas as consultas, internações, cirurgias e quaisquer outros procedimentos, sendo garantido o atendimento aos pacientes já internados.

Machado disse ao G1 que espera poder reabrir a Santa Casa o mais rápido possível. “Vamos pedir ajuda para a Secretaria Estadual de Saúde para conseguirmos acelerar as medidas necessárias para reabrir as portas do hospital”. Enquanto isso não é feito, as próximas gestantes serão levadas para hospitais em Quaraí (RS), que fica a cerca de 100 quilômetros de Santana do Livramento.

Dupla cidadania

De acordo com Eliana Puglia, consulesa do Brasil em Rivera, todas as mães que tiveram seus filhos em território uruguaio deverão procurar o Consulado do Brasil em Rivera para registrar o nascimento das crianças.

“Estas crianças são consideradas brasileiras natas. A mãe tem de fazer o traslado em cartório de 1º ofício. Os documentos serão levados, também, para um cartório de 1º ofício em Brasília. A partir daí, a criança poderá ter RG e CPF. Isso é feito gratuitamente, já que as parturientes são do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse Eliana.

A consulesa afirmou ainda que as crianças só terão dupla cidadania se os pais pedirem os documentos dos filhos no Uruguai também.

Chuvas estão 80% acima da média dos últimos 30 anos, segundo Inpe

Regiões mais afetadas são Sul, Sudeste e Nordeste. Variações são acima da média, mas 'normais', diz meteorologista.

Nos cinco meses entre junho e outubro choveu nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste mais de 80% acima da média dos últimos 30 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A chuva foi acima da média, mas não acima do esperado, segundo o meteorologista do Inpe Lincoln Alves. Isso porque tivemos, neste ano, o fenômeno meteorológico conhecido como “El Niño”.

O El Niño é um fenômeno regular caracterizado pelo aumento na temperatura das águas do oceano Pacífico. “O El Niño afeta a atmosfera, alterando o clima aqui no Brasil. Cada ano de El Niño tem uma característica particular. Neste tivemos mais chuvas”, explica Alves.

Segundo ele, a quantidade de chuvas no inverno surpreendeu os meteorologistas. “A primavera está dentro do esperado para um inverno com El Niño, mas o inverno foi uma surpresa. Não esperávamos tanta chuva”, afima.

De acordo com Alves, a sensação que a população tem de que está chovendo “demais” é justificada, principalmente porque no ano passado esta época foi bastante seca. Se em 2009 a chuva já está mais de 80% acima da média histórica, 2008 ficou 20% abaixo dela.

“Em 2008 tivemos um inverno bem típico, bem seco. A primavera continuou seca e as chuvas só começaram, gradativamente, a partir da segunda semana de outubro”, explica Alves. “Em 2009 tivemos um inverno muito chuvoso que se prolongou para uma primavera muito chuvosa. Praticamente não tivemos mudança de estação”, afirma.

O meteorologista André Mendonça de Decco, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que monitora o clima no interior do estado de São Paulo, explica que variações desse tipo são normais de um ano para outro. “Foi um desvio que aconteceu neste ano. Mas desvios assim não são tão raros. Cada ano é diferente”, explica Decco.

Alves explica que essas variações não têm nada a ver com mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. "Não há razão para acreditar nisso. São variações um pouco acima da curva, mas nada alarmante".

Cantora canadense morre após ser atacada por coiotes no leste do país

Taylor Mitchell foi atacada no parque Cape Breton Highlandso. Cantora fez 19 anos há dois meses.

A jovem cantora canadense Taylor Mitchell, de 19 anos, morreu nesta quarta-feira (28) depois de ser atacada por coiotes em um parque no leste do Canadá.

A cantora, que fazia uma turnê por várias províncias do Canadá, morreu em um hospital após o ataque, que ocorreu na terça-feira (27), quando caminhava no parque Cape Breton Highlands, na Nova Escócia.

A diretora do parque, Helene Robichard, disse se tratar de "um fato extraordinário", pois é raro coiotes atacarem pessoas.

Taylor Mitchell, que completou 19 anos há apenas dois meses e vivia em Toronto, foi indicada ao Prêmio da Música Folk Canadense na categoria melhor artista jovem do ano, que será dado no mês que vem.

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!