'Ela é bem pesadinha', diz mãe de bebê de 6,1 kg após primeiro encontro
Luana nasceu em Alecrim (RS) e foi levada para Porto Alegre após parto. Menina ficou longe da mãe durante uma semana para tratar do coração.
A agricultora Maria da Cruz da Silva, 40 anos, encontrou com a filha Luana Cecli Lichkoviski, de 6,1 quilos, pela primeira vez às 14h desta quinta-feira (12), na Santa Casa de Porto Alegre. Ela não via a criança desde o parto, ocorrido na quinta-feira (5), em Alecrim (RS). A mãe não pôde amamentar a menina, que será alimentada por sonda até sexta-feira (13).
A criança está internada para tratamento de uma alteração no miocárdio. A mãe só viu a filha logo após o parto no Hospital de Caridade de Alecrim. "Ela está bem pesadinha. Estou estranhando o peso", disse Maria da Cruz, que carregou a filha no colo também pela primeira vez. "Estou muito emocionada. Principalmente porque minha filha está respirando melhor", afirmou a mãe.
A menina ainda não tem forças para sucção, mas deve ser liberada para a primeira amamentação nesta sexta-feira. "Não vejo a hora de poder amamentar minha filha. Eu apenas estou fazendo a retirada do leite para que continue produzindo leite", disse a mãe.
Enxoval
A assistência social da Prefeitura de Alecrim (RS) está providenciando novas peças de roupas para o enxoval da menina, que não serviu, pois tem o tamanho de uma criança de 4 meses, segundo os médicos da cidade e de Porto Alegre.
"Eu não esperava que nascesse uma criança tão grande assim. Foi uma surpresa, mas estou muito feliz com minha filha. Agora que estou em casa, preciso conciliar meu tempo com os meus outros cinco filhos (de 17, 15, 13, 8 e 5 anos)", disse a mãe.
De acordo com Alice Botta, Luana, médica plantonista da Santa Casa de Porto Alegre, a criança tem uma alteração no miocárdio, de origem secundária por causa do peso acima do normal para um recém-nascido.
Mandioca
O médico que realizou o parto, Paulo Dorneles, disse ao G1 que a alimentação da mãe pode ter relação com o tamanho da criança. "As pessoas comem muito amido, muita batata e mandioca aqui na região. Isso poderia ser um fator para a criança crescer um pouquinho, mas não explicaria esse tamanho todo".
Ele disse ainda que a ecografia indicou 40 semanas de gestação, mas a previsão do parto era para o dia 20 deste mês. "Por isso ela foi transferida para Santa Rosa e depois para Porto Alegre. Era necessária uma avaliação mais detalhada para saber se o bebê tem problema respiratório ou cardíaco".
Outra suspeita para justificar o tamanho da criança seria a diabete gestacional da mãe, mas a hipótese foi descartada, segundo Dorneles.
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