2/11/2025

PF prende 4 e desarticula esquema de fraude de R$ 100 milhões na educação de Belford Roxo

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF), em uma ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação Errata, que investiga um esquema de fraude que desviou mais de R$ 100 milhões da rede municipal de ensino de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

A operação resultou na prisão de quatro pessoas, incluindo o ex-secretário de Educação de Belford Roxo, a subprocuradora-geral do município, a ex-secretária de Educação de Itatiaia e o ex-secretário de Indústria e Comércio de Belford Roxo.

De acordo com a força-tarefa, o esquema operava desde 2017, com a contratação de duas empresas para o fornecimento de livros didáticos para as escolas municipais. Os contratos, realizados sem licitação com recursos do Fundo Nacional de Educação (Fundeb), envolviam pagamentos superfaturados e documentação falsa.

A PF apurou que o desvio de recursos públicos era acompanhado do pagamento de propina aos agentes públicos do município, em troca do direcionamento dos contratos para as empresas favorecidas. A CGU destacou a ausência de justificativa para a dispensa da licitação e apontou indícios de conluio entre servidores da secretaria e funcionários de uma editora, que simulavam processos licitatórios para direcionar os contratos.

A investigação revelou que o município poderia ter obtido os livros didáticos gratuitamente por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC). A CGU ressaltou que a inexigibilidade de licitação só é permitida em casos de inviabilidade de concorrência, o que não foi comprovado na situação em questão.

Para ocultar a propina, os investigados se valiam de mecanismos de lavagem de dinheiro. A PF cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em diversos municípios do Rio de Janeiro e de outros estados, com o objetivo de provas e desarticular o esquema criminoso.

Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e contratação direta ilegal, de acordo com suas responsabilidades.

Gazeta Brasil

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