A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris, tratado internacional para reduzir a emissão de gases poluentes, terá um “impacto significativo” na preparação da COP30, que acontecerá em novembro deste ano, em Belém (PA). A afirmação foi feita nesta terça-feira (21) pelo presidente da conferência, André Corrêa do Lago.
Segundo o secretário de Clima,
Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está analisando as recentes decisões
de Trump, anunciadas na segunda-feira (20), quando o republicano reassumiu a
Casa Branca. “Canais que permanecem abertos, mas não há menor dúvida que é um
anúncio político de muito impacto”, afirmou Corrêa do Lago.
Apesar da saída dos Estados
Unidos do Acordo de Paris, o diplomata destacou que ainda existem outros
mecanismos internacionais para discutir questões climáticas e que diversos
países continuam comprometidos com a adaptação climática. “Estamos todos ainda
analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida que terá
um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter
que lidar com o fato de que um país tão importante está se desligando desse
processo”, explicou.
Os Estados Unidos, segundo Corrêa
do Lago, são essenciais para as pautas climáticas devido à sua posição como
maior economia mundial e um dos maiores emissores de gases poluentes. No
entanto, o diplomata também destacou que o país tem trazido respostas às mudanças
climáticas com o desenvolvimento de novas tecnologias. “Os Estados Unidos têm
empresas extraordinárias e também tem vários Estados e cidades norte-americanas
que estão envolvidas neste debate”, disse.
Trump, empossado novamente na
segunda-feira, assinou uma série de decretos, incluindo a revogação da adesão
dos EUA ao Acordo
de Paris, firmado em 2015 por quase 200 países com o objetivo de combater o
aquecimento global. Além disso, o presidente dos EUA declarou que o Brasil e
outros países da América Latina precisam dos Estados Unidos mais do que o
contrário.
Gazeta Brasil
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