quarta-feira, janeiro 29, 2025

Senador Rogério Marinho Pede ao TCU Afastamento de Presidente do IBGE


O senador Rogério Marinho (PL-RN) fez duras críticas à gestão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acusando o órgão de ser transformado em “puxadinho ideológico” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em postagem no X (ex-Twitter) nesta terça-feira (28), Marinho revelou que solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o afastamento cautelar do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, por entender que a atual administração do órgão compromete a “credibilidade e referência técnica” da instituição, em favor de interesses políticos.

 “Sob o PT, o IBGE virou mais um puxadinho ideológico do governo, que sacrifica a credibilidade e referência técnica da instituição em favor de seu projeto de poder. Lula ignora a lei em favor de uma gestão autoritária, temerária, e alheia ao interesse público. Por isso, solicitamos ao TCU o afastamento cautelar de Márcio Pochmann e a suspensão de atos que ferem a transparência e a lei!”, afirmou Marinho.

A situação no IBGE ganhou maior visibilidade após a saída de dois diretores do órgão, João Hallak Neto e Elizabeth Hypolito, da Diretoria de Pesquisas (DPE), que, de acordo com o sindicato, ocorreu devido a “decisões arbitrárias” da presidência. No entanto, os ex-diretores preferiram não esclarecer publicamente os motivos para a decisão.

Além disso, a crise interna é alimentada pela mudança das diretorias de Pesquisa, Geociências e Informática para uma localização de difícil acesso na Zona Sul do Rio de Janeiro, o Horto, o que, segundo o Assibge-Sindicato Nacional, agrava ainda mais a situação. A entidade defende a suspensão das atuais medidas e a abertura de um diálogo real com os servidores para buscar soluções para a crise.

 “A Assibge-Sindicato Nacional, órgão representativo dos servidores do Instituto, vem se posicionando há tempos pela suspensão das medidas em curso e abertura de consulta real aos servidores sobre as questões colocadas. Apenas assim será possível superar a crise enfrentada pelo órgão”, declarou o sindicato.

Em resposta, a presidência do IBGE negou as acusações, afirmando que as mudanças refletem o “compromisso com a causa pública e republicana”. Contudo, a insatisfação entre os servidores persiste.

Além disso, uma carta assinada por diretores e gerentes do instituto, divulgada em janeiro, denunciou o viés “autoritário, político e midiático” da gestão de Pochmann. A carta alerta que a condução do IBGE está comprometendo a missão institucional da instituição e pedem a paralisação da criação da Fundação IBGE+, que, segundo eles, é vista como uma imposição do presidente para lidar com os problemas financeiros do órgão.

Gazeta Brasil

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