O interesse do presidente Donald Trump em comprar a Groenlândia “não é uma brincadeira”, disse na quinta-feira o secretário de Estado Marco Rubio, que acrescentou que a aquisição do território é de interesse nacional para os Estados Unidos e deve ser resolvida.
Trump expressou seu interesse em
transformar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, em parte dos
Estados Unidos desde sua reeleição em novembro. Ele não descartou usar o poder
militar ou econômico para alcançar esse objetivo.
Rubio disse no programa The Megyn
Kelly Show da Sirius XM que Trump quer comprar a Groenlândia e que não
descartou a coação militar para adquiri-la, a fim de não perder poder
econômico. “Isso não é uma brincadeira”, afirmou.
“Não se trata de adquirir terras
por adquirir terras. Isso é de interesse nacional e precisa ser resolvido”,
acrescentou.
O primeiro-ministro da
Groenlândia, Mute Egede, que intensificou sua campanha a favor da
independência, afirmou repetidamente que a ilha não está à venda e que cabe aos
seus habitantes decidir seu futuro.
Na entrevista, Rubio afirmou que
o Ártico se tornará um ponto crítico para as rotas marítimas, acrescentando que
os Estados Unidos precisam ser capazes de defendê-lo.
Quando questionado se os Estados
Unidos seriam donos da Groenlândia dentro de quatro anos, Rubio respondeu:
“Obviamente, essa é a prioridade do presidente e ele deixou isso claro”.
“Ainda não estamos em posição de
discutir exatamente como procederemos taticamente. Do que acredito que podem
estar certos é que, dentro de quatro anos, nossos interesses no Ártico estarão
mais seguros”, acrescentou.
Dinamarca Reavalia Seus Projetos
Navais
Na quarta-feira, o governo da
Dinamarca anunciou uma mudança em seus planos para fabricar patrulhas,
priorizando embarcações capazes de navegar pelo oceano Ártico e na zona norte
do Atlântico, com o objetivo principal de reforçar a segurança da ilha da
Groenlândia.
O Parlamento aprovou em 2021 este
novo programa, que visava atualizar a frota e substituir a “envelhecida” classe
‘Thetis’. Inicialmente, o foco estava em tarefas de vigilância e ambientais no
mar Báltico, mas o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, reconheceu em um
comunicado que “a situação de segurança mudou significativamente” nos últimos
anos.
O governo destacou que o Báltico
continua sendo prioritário, mas acredita que a integração da Suécia e da
Finlândia na OTAN aumentou a participação de outros países vizinhos nessa mesma
área e, portanto, a Dinamarca pode focar mais ao norte.
O ministro também destacou que
essas mudanças não implicam em descartar o trabalho realizado até agora, pois,
tratando-se de uma “reorientação”, é possível aproveitar os trabalhos de design
e não é necessário começar do zero, o que levaria “muito tempo”, segundo um
comunicado de seu departamento.
O governo da Dinamarca também
anunciou na segunda-feira que vai liberar cerca de 2 bilhões de dólares para
reforçar a presença de seu Exército no Ártico e no Atlântico Norte com a compra
de três novos navios e dois drones de longo alcance. Também reforçará a
capacidade de seus satélites.
A iniciativa é fruto de um acordo
entre o governo e vários partidos de oposição e ocorre em meio à polêmica pelas
declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre seu interesse em comprar
o território autônomo da Groenlândia da Dinamarca.
(Com informações da Reuters)
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!