Em sua primeira reunião ministerial do ano, nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma nova diretriz para o governo: todas as portarias de ministérios deverão ter o aval da Presidência da República antes de serem publicadas. A medida foi tomada após a repercussão negativa do caso Pix, que levou o governo a recuar de uma decisão polêmica sobre a fiscalização de transações. A decisão de Lula visa garantir maior controle e evitar que ações ministeriais causem impactos indesejados.
Durante o encontro, que teve uma
parte aberta à imprensa, Lula afirmou que 2025 será um ano crucial para o
cumprimento das promessas feitas à população. “2025 é o ano da grande colheita
de tudo aquilo que prometemos para o povo brasileiro e nós não temos o direito
de falhar”, disse o presidente, cobrando resultados concretos de sua equipe.
O momento mais destacado da
reunião foi quando Lula fez uma crítica indireta ao ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, ao se referir à polêmica portaria da Receita Federal que
previa o monitoramento das operações do Pix para valores superiores a R$ 5 mil
(pessoas físicas) e R$ 15 mil (pessoas jurídicas). A medida foi revogada após
grande repercussão negativa, incluindo uma onda de fake news sobre um possível
imposto sobre a plataforma de transações financeiras. O deputado Nikolas
Ferreira (PL-MG) teve um papel importante na revisão da norma, com um vídeo que
alcançou 320 milhões de visualizações, mobilizando a oposição e a opinião
pública contra a decisão.
“Daqui pra frente, nenhum
ministro vai poder fazer portaria que crie confusão pra nós sem que essa
portaria passe pela Presidência da República, através da Casa Civil. Muitas
vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, faz um negócio
qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República”,
explicou Lula, deixando claro que, a partir de agora, a supervisão das ações
ministeriais será mais rigorosa.
Lula também comentou sobre o ambiente
político em vista das eleições presidenciais de 2026. “2026 começou”, afirmou o
presidente, aludindo à campanha já em andamento por parte da oposição. Apesar
de não indicar que será candidato à reeleição, Lula deixou claro que seu
objetivo é entregar o Brasil para um governo que defenda a democracia. “Nós
queremos eleger um governo para continuar o processo democrático desse país.
Não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, ao neonazismo, ao
autoritarismo”, declarou, destacando a importância de combater o que chamou de
“nazifascismo”.
Gazeta Brasil
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