O presidente eleito dos EUA celebrou o acordo cinco dias antes de sua posse: ‘Temos um acordo para a libertação dos reféns no Oriente Médio; eles serão libertados em breve’
Após 467 dias de intenso
conflito, Israel e
o Hamas chegaram
nesta quarta-feira (15) a um acordo para um cessar-fogo inicial com duração de
seis semanas. O anúncio foi confirmado pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que
celebrou o acordo cinco dias antes de sua posse. “Temos um acordo para a
libertação dos reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve.
Obrigado”, escreveu Trump em sua rede Truth Social, antes mesmo da confirmação
de alguma autoridade do atual governo de Joe Biden.
Este entendimento prevê a troca
gradual de 98 reféns israelenses por aproximadamente 1.000 prisioneiros
palestinos. A primeira fase da troca incluirá 33 reféns, priorizando crianças e
pessoas doentes. A aprovação do acordo ainda depende do gabinete de segurança
de Israel, que enfrenta oposição de setores da ultradireita religiosa.
As negociações que levaram a esse
acordo contaram com a mediação de representantes dos Estados Unidos, incluindo
Steve Witkoff, enviado por Trump. Witkoff teve um papel crucial ao pressionar o
primeiro-ministro Netanyahu a aceitar os termos propostos. O Hamas, por sua
vez, solicitou informações sobre a retirada das tropas israelenses de Gaza, que
será realizada de forma gradual.
Os detalhes serão apresentados
pelo primeiro-ministro e chanceler do Catar, Mohammed al-Thani. O governo
local, juntamente com os Estados Unidos, está trabalhando nessas negociações
desde o final do ano passado. Parte das tratativas também ocorreram no Cairo,
sob a mediação do Egito, que faz fronteira a oeste com a Faixa de Gaza,
território controlado pelo Hamas desde 2007.
Em 7 de outubro, os terroristas
do Hamas mataram 1.170 pessoas e sequestraram 251 reféns. A resposta de Tel
Aviv resultou em 46.707 mortes até o momento. O conflito se expandiu,
transformando-se em uma guerra regional que quase resultou em um confronto
direto entre Israel e o Irã, patrono do Hamas e do Hezbollah libanês. Os dois
lados chegaram a trocar quatro salvas diretas de mísseis, mas no momento estão
em um cessar-fogo.
JP
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