Líderes do FBI alertaram que hackers que invadiram o sistema da AT&T no ano passado provavelmente roubaram meses de registros de chamadas e mensagens de texto dos agentes, o que desencadeou um esforço urgente para proteger a identidade dos informantes confidenciais, segundo reportagem da Bloomberg News desta quinta-feira.
A violação, que se acredita ter
comprometido todos os dispositivos do FBI que utilizam o serviço de segurança
pública da AT&T, incluiu os números de telefone móvel dos agentes e os
números para os quais ligaram e enviaram mensagens, de acordo com um documento
revisado pela Bloomberg e suas entrevistas com um atual e um ex-oficial de
segurança.
Em julho passado, a AT&T
anunciou que a empresa sofreu um incidente de hacking massivo, com dados de
cerca de 109 milhões de contas de clientes, contendo registros de chamadas e
mensagens de texto de 2022, sendo baixados ilegalmente em abril.
Os oficiais do FBI informaram
agentes em todo o país que detalhes sobre o uso da rede da operadora de
telecomunicações provavelmente estavam entre os bilhões de registros roubados.
Embora os registros hackeados não revelassem o conteúdo das comunicações, eles
poderiam ligar os investigadores às suas fontes secretas, acrescentou o
relatório.
Um porta-voz do FBI disse à Reuters
que a agência “tem uma responsabilidade solene de proteger a identidade e a
segurança das fontes humanas confidenciais, que fornecem informações todos os
dias que mantêm o povo americano seguro, muitas vezes arriscando a própria
vida”.
Em uma mensagem subsequente, o
porta-voz disse que o FBI tem a responsabilidade de proteger a identidade de
“qualquer pessoa que entre em contato com o FBI e forneça informações”.
O porta-voz da AT&T, Alex
Byers, disse à Reuters que, após “criminosos roubarem dados de clientes no ano
passado, trabalhamos em estreita colaboração com as autoridades para mitigar o
impacto nas operações governamentais”.
A violação segue preocupações
mais amplas sobre espionagem cibernética visando redes de telecomunicações dos
EUA.
Em 10 de janeiro, o conselheiro
de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que os EUA tomaram medidas
em resposta a operações de espionagem cibernética ligadas à China contra
empresas de telecomunicações americanas.
As empresas de telecomunicações
dos EUA, Verizon e AT&T, disseram no final do ano passado que suas redes
foram alvo dos hackers cibernéticos, mas que agora estão seguras, pois
trabalharam com o governo dos EUA e as autoridades de segurança.
Gazeta Brasil
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!