A falsa profissional atendia principalmente crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fotos: Divulgação |
Uma mulher de 46 anos, que se apresentava como terapeuta ocupacional sem possuir formação ou registro legal para exercer a profissão, foi detida na manhã desta segunda-feira (27) pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Rio de Janeiro (Crefito-2). A ação ocorreu durante uma operação realizada no bairro Atlântico, em Rio das Ostras, onde a suspeita atuava em uma clínica.
De acordo com o conselho, a falsa profissional atendia principalmente
crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para validar sua atuação,
ela utilizava documentos falsificados, incluindo registros e diplomas. No
momento da contratação pela clínica, apresentou carteirinhas do Crefito-2 e do
Crefito-4, de Minas Gerais. Entretanto, ao verificar os dados, o conselho
constatou que o número do registro pertencia a uma profissional de São Paulo
que deu baixa na documentação na década de 1990.
Caso haja suspeitas de atuação irregular, o Conselho também
disponibiliza um canal para denúncias, que pode ser acessado em: https://www.crefito2.gov.br/home_profissional/fiscalizacao/denuncias
O Crefito-2 registrou em 2024 um aumento de 300% nos casos de falsos terapeutas ocupacionais no Estado do Rio de Janeiro - um número muito preocupante. Por isso a importância de verificação prévia e de realização de denúncias pelo site do Conselho.
Para o presidente do Conselho, Dr. Wilen Heil e Silva, as fiscalizações visam garantir a oferta de um serviço de qualidade e seguro a toda a população. “O papel do terapeuta ocupacional no atendimento de crianças e adolescentes autistas é fundamental. Porém, falsos profissionais têm cada vez mais tentado se aproveitar da demanda por esses cuidados”, diz ele. “Isso é extremamente perigoso e pode comprometer seriamente a evolução dessas crianças”, completa.
A operação em Rio das Ostras levou a falsa profissional à delegacia, onde ela deverá responder pelos crimes mencionados. Essa ação reforça o compromisso do Crefito-2 em proteger a população e garantir a qualidade dos atendimentos em Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Além do crime de exercício ilegal da profissão, ela poderá responder por falsificação de documentos públicos e particulares, bem como por estelionato. O caso segue em investigação para identificar possíveis vítimas e avaliar os danos causados pela atuação irregular.
O Conselho destaca a importância
de fiscalizações como esta para coibir práticas irregulares e preservar a
segurança dos pacientes, especialmente em contextos tão sensíveis como o
atendimento de crianças com TEA.
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