As sirenes antimísseis foram ativadas na noite desta segunda-feira em Tel Aviv e na região central de Israel devido ao lançamento de um míssil proveniente do Iêmen, interceptado antes de entrar em território israelense, informou o Exército.
“Após as sirenes que soaram recentemente no
centro de Israel, um míssil lançado do Iêmen foi interceptado pela Força Aérea
antes de cruzar o território israelense”, comunicou o Exército. Além disso,
indicou que as sirenes foram acionadas às 23h11 (21h11 GMT) devido à
possibilidade de queda de estilhaços da interceptação.
O serviço de emergência
israelense (Magen David Adom) informou que não recebeu relatos de feridos. Por
sua vez, a polícia detalhou que está realizando buscas para localizar as áreas
onde poderiam ter caído restos do dispositivo interceptado.
O representante de Israel na ONU,
Danny Danon, definiu nesta segunda-feira, perante o Conselho de Segurança das
Nações Unidas, o lançamento de mísseis pelos rebeldes Houthi do Iêmen como
“terror sistemático e calculado”.
“Não temos disputa com eles. Apesar disso,
enviam seus mísseis e drones para assassinar nosso povo. Por quê? Ódio puro,
radical e jihadista contra os judeus”, afirmou Danon. Ele acrescentou que os
Houthis deixaram de ser um grupo para se tornarem um “Exército Terrorista” com
a cumplicidade da comunidade internacional.
Danon lembrou que o apoio do Irã
aos Houthis viola as resoluções 2140 e 2722 do Conselho de Segurança da ONU, e
é também um “ataque a todos os princípios de soberania e do Direito
Internacional”.
Danon também culpou a ONU por
“não cumprir suas responsabilidades”. “Temos conhecimento de vários navios que
atracaram no porto de Hodeidah este ano sem qualquer inspeção”, disse,
acrescentando que “a complacência da comunidade internacional deu rédea solta
ao terrorismo”.
Neste sentido, acusou “algumas
nações” de “pregarem os valores do Direito Internacional” enquanto “fazem vista
grossa a quem viola impunemente esses mesmos princípios”, referindo-se também
ao Irã como um “elefante na sala”.
“Os Houthis estão estrangulando completamente
o Canal de Suez, essa importante rota comercial global utilizada por quase
todas as nações, e está sob ameaça direta de uma organização terrorista. As
implicações de tal cenário são impensáveis”, lembrou ele durante seu discurso.
Os Houthis, reiterou Danon
perante o Conselho de Segurança, são “um grupo terrorista que ataca rotas
comerciais, colabora com redes terroristas globais e é armado pelo Irã”.
“Israel não esperará que o mundo aja. Israel protegerá seus cidadãos, não
importa de onde venha a ameaça”, concluiu.
Suas palavras foram proferidas
após o Exército israelense bombardear o Aeroporto Internacional de Sanaa e a
província de Hodeida, causando pelo menos seis mortes e 40 feridos, segundo
autoridades controladas pela insurgência. O ataque ocorreu durante a partida de
um avião das Nações Unidas. Entre os feridos estava o copiloto que transportava
o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Os Houthis, que controlam Sanaa e
outras áreas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques
contra o território israelense e contra navios com algum tipo de ligação
israelense como resultado da ofensiva desencadeada contra a Faixa de Gaza após
os ataques mencionados de 7 de outubro de 2023.
Em 17 de janeiro, os Estados
Unidos anunciaram que designavam mais uma vez o grupo rebelde iemenita como
organização terrorista, algo que Donald Trump já havia feito durante sua
primeira administração e que foi revertido pelo governo de Joe Biden.
Os rebeldes Houthi, assim como a
organização xiita libanesa Hezbollah na época, iniciaram sua campanha de
lançamento de foguetes contra Israel após a ofensiva em Gaza, que já dura mais
de 14 meses, rotineiramente relatando seus ataques como um ato de “apoio ao povo
palestino”.
Gazeta Brasil
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