Agentes atuam no Aeroporto do
Galeão e na Rodoviária do Rio, após denúncias de que condutores estariam se
recusando a ligar o equipamento
Rio - Uma operação está
fiscalizando se motoristas de aplicativo estão cobrando pelo uso do
ar-condicionado. A ação teve início nesta segunda-feira (23), no Aeroporto
Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte, e na
Rodoviária do Rio, na Zona Portuária, e se estende até final do verão. A medida
para coibir a prática ilegal é realizada pela Secretaria de Estado de Defesa do
Consumidor (Sedcon), Procon-RJ, 17º BPM (Ilha do Governador) e 5º BPM (Praça da
Harmonia).
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No Galeão, os agentes abordaram
70 veículos entre a manhã e a tarde de segundo, sendo que um deles estava com o
ar-condicionado desligado. Já na rodoviária, 32 carros foram abordados e três
não estavam com o equipamento ligado.
Os policiais verificam se há cobrança referente ao uso do ar-condicionado nos
carros de aplicativo. A operação acontece após mais de 380 denúncias recebidas
pelo Procon e Sedcon, de que motoristas estariam se recusando a ligar o
equipamento. Para se cadastrar nas plataformas, há requisito de que o carro
tenha ar-condicionado, que já deve estar em funcionamento no momento do
embarque dos passageiros.
Segundo a Secretaria, ao
solicitar o serviço, o consumidor não é informado sobre nenhuma taxa extra e
não pode ser surpreendido ao entrar no automóvel. O valor total do serviço deve
ser informado na contratação. Além de causar desconforto aos usuários,
principalmente em períodos de calor intenso, cobranças extras ferem as leis de
defesa dos consumidores.
Em dezembro do ano passado, a
Sedcon editou uma resolução que esclarece que a cobrança de taxa extra para uso
do ar-condicionado é ilegal e está sujeita a pena de multa, por se tratar de
uma prática abusiva. Na fiscalização, os veículos serão abordados e se for
constatada a cobrança irregular, serão aplicadas as sanções administrativas, na
forma da lei.
Nesta segunda-feira,
a operação contou com atendimento em inglês e espanhol para que os
consumidores de fora do país pudessem entender e relatar o que ocorria. No
Galeão, cerca de 30% dos carros transportavam turistas que, algumas vezes,
chegando à cidade sem saber das regras locais, acabam sendo lesados com
cobranças abusivas.
"A Secretaria de Defesa do
Consumidor tem o compromisso de proteger os direitos de todos os consumidores,
incluindo aqueles que utilizam serviços de aplicativos. Nossa fiscalização
abrange tanto os motoristas, que devem garantir o cumprimento do serviço
oferecido, quanto as plataformas, que são responsáveis por informar claramente
as condições de cada categoria", informou o secretário de Estado de Defesa
do Consumidor, Gutemberg Fonseca.
O Dia
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