O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dois pedidos de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Braga Netto, que atuou como ministro da Defesa e da Casa Civil durante a administração do líder da direita e foi candidato a vice na chapa à reeleição derrotada em 2022.
As petições foram enviadas após a
Polícia Federal (PF) prender um grupo acusado de planejar ações contra o Estado
e as mortes do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Além dos pedidos de prisão, o
PSol solicitou buscas e apreensões contra Bolsonaro e Braga Netto, e a quebra
de sigilos telefônicos de ambos.
No pedido, parlamentares da sigla
de esquerda apontam o ex-presidente e o general como responsáveis por incitar
ações contra a democracia em 8 de janeiro e terem tido um papel central no
planejamento dessas ações.
A deputada federal Erika Hilton,
líder da bancada do PSol na Câmara dos Deputados, afirmou que a operação desta
terça-feira deixa claro que Bolsonaro e Braga Netto não só conspiraram contra a
democracia no Brasil, mas também participaram de um plano que visava assassinar
autoridades públicas.
“Lideranças desse grupo ainda são
livres e capazes de promover mais crimes e atrapalhar as investigações. Não
podemos admitir, enquanto sociedade, que pessoas como estas continuem livres,
dentro da política e ainda pleiteando anistia”, disse Hilton.
Bolsonaro e Braga Netto sempre
negaram participação no planejamento de ações contra o Estado após a vitória
eleitoral de Lula.
A Polícia Federal prendeu, na
manhã desta terça-feira (19), cinco pessoas acusadas de planejar ações contra o
governo após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.
Entre os presos estão quatro
militares vinculados às Forças Especiais do Exército, os chamados “kids
pretos”, e um policial federal, que atuou na segurança de Lula durante o
período de transição do governo:
- Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel do Exército;
- Mário Fernandes: general da reserva, atuou como
ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República no
governo Bolsonaro, também foi assessor do deputado Eduardo Pazuello
(PL-RJ);
- Rafael Martins de Oliveira: major;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo: major;
- Wladimir Matos Soares: policial federal.
Gazeta Brasil
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