segunda-feira, novembro 25, 2024

Confusão marca protesto de professores em greve na Av. Presidente Vargas

 

Grupo realizou protesto na frente da prefeitura, na Cidade Nova,
 e interditou a Av. Presidente Vargas. Reprodução / Redes Sociais

Profissional da educação foi preso durante tumulto com a PM em frente à sede da Prefeitura do Rio

Rio - Profissionais da educação interditaram, no início da tarde desta segunda-feira (25), a Avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade, em protesto contra o Projeto de Lei Complementar 186/2024. A categoria decretou greve por tempo indeterminado em assembleia na quadra da escola de samba São Clemente, na Cidade Nova.

Durante o ato em frente à sede do Executivo municipal, houve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar. A intervenção de agentes para dispersar o grupo resultou em confusão, correria, uso de bombas de efeito moral e gás de pimenta.

De acordo com a Polícia Militar, durante uma tentativa de bloqueio total da via, agentes do Batalhão de Choque utilizaram materiais de menor potencial ofensivo para impedir os manifestantes. A corporação informou que o policiamento está reforçado no local e o trânsito flui normalmente. Um professor foi detido durante o tumulto e encaminhado à 6ª DP (Cidade Nova).

De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), o protesto fechou a Avenida Presidente Vargas, no sentido Candelária, na altura da Cidade Nova. O trânsito teve reflexos desde altura da Praça da Bandeira.

Segundo Marcel Gavazza, coordenador-geral do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio (Sepe), a greve foi deflagrada como uma medida de pressão para que o prefeito retire o PL 186/2024, que está previsto para votação nesta terça-feira (26), na Câmara de Vereadores.

De acordo com o Sepe, a categoria se posicionou contra um pacote de medidas apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara Municipal, o qual disse trazer "vários ataques graves aos servidores municipais". A proposta prevê, entre outros pontos, a "necessária modernização de aspectos pontuais relativos ao regime jurídico dos servidores públicos, tendo em vista que o Estatuto dos Servidores é datado de 1979, carecendo de atualização para os tempos atuais".

Além da paralisação das atividades, os profissionais programaram uma vigília em frente à Câmara Municipal nesta terça-feira e novos atos em diversos pontos da cidade na quarta-feira (27). A continuidade da greve será discutida em uma nova reunião, marcada para sexta-feira (29).

O Projeto de Lei Complementar 186/2024 é alvo de críticas da categoria, que aponta possíveis prejuízos aos direitos dos trabalhadores da rede municipal de ensino. O Sepe reforça que a mobilização seguirá intensa até que a prefeitura dialogue com os profissionais e atenda às suas demandas.

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