Suspensão teve o aval de 79% dos
funcionários que votaram; paralisação começou à 0h desta terça-feira, 3, em
protesto contra privatização das empresas públicas
Sindicatos que representam os
trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e
da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) decidiram
encerrar a greve após assembleia na noite desta terça-feira, 3, em São Paulo. A
votação ocorreu na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. FForam
2.952 votos, sendo que quase 79% dos votantes (2.331) votaram pela suspensão da
greve, enquanto 19% (587) queriam que o ato continuasse. Os serviços serão
retomados nesta quarta-feira, 4. A paralisação começou à 0h desta terça-feira.
O movimento ocorre em protesto contra o projeto de privatização do governo de Tarcísio
de Freitas (Republicanos) das linhas do Metrô e da CPTM e da Sabesp. Apesar da
greve, algumas linhas do Metrô e da CPTM operam normalmente. A greve afetou as
linhas as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô. Na CPTM, duas
linhas operaram parcialmente: A linha 11 – Coral funciona apenas entre as
estações Luz e Guaianases. Na Linha 7-Rubi, a circulação dos trens vai de
Caieiras até Luz. As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela Via
Mobilidade, têm trens circulando normalmente. A Linha 4 – Amarela, da Via
Quatro, também funcionou normalmente. A presidente do Sindicato dos
Metroviários, Camila Lisboa, divulgou a decisão em assembleia na noite desta
segunda-feira, 2. De acordo com Camila, as categorias pedem o cancelamento de
todos os processos de privatização do Metrô, CPTM e da Sabesp e a realização de
um plebiscito oficial envolvendo toda a população do Estado para consultar
sobre as privatizações das empresas públicas. “Estamos organizando uma grande
campanha. O plebiscito que inauguramos aqui é um grande instrumento onde a
população está mostrando que não cai nas mentiras do governo e está dizendo não
às privatizações”, disse Camila.
Na manhã desta terça-feira, o
governador Tarcísio de Freitas veio a público para dar seu primeiro
pronunciamento oficial a respeito da greve. O mandatário voltou a dizer que
a paralisação é ilegal e também afirmou que o movimento descumpriu a ordem
judicial de não paralisar nos horários de pico: “Infelizmente aquilo que a
gente esperava está se concretizando. Temos a greve do Metrô, CPTM e Sabesp.
Uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política e uma greve
que tem por objetivo a defesa de um interesse muito coorporativo. Quem está em
greve está se esquecendo do mais importante, que é o cidadão”. A Justiça do
Trabalho aumentou o valor da multa para os sindicatos dos
trabalhadores do Metrô e
da CPTM que
estão em greve nesta terça-feira, 3. Na nova decisão, a Justiça aumentou a
multa em R$ 1 milhão, totalizando R$ 1,5 milhão por dia de paralisação, com a
pena sendo distribuída para os três sindicatos envolvidos na greve.
Originalmente, o Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT) havia determinado
funcionamento de 100% da operação nos horários de pico e de 80% nos demais
horários, estabelecendo multa diária de R$ 500 mil. Desde o início do dia, as
estações do metrô estão totalmente fechadas, enquanto alguns trechos das linhas
da CPTM estão operando.
Por Jovem Pan
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