Na gravação,
homem aponta que 'alvo' estaria no Posto 2 da Barra da Tijuca. Uma das linhas
de investigação é de que ortopedista foi confundido com miliciano
Rio - A Polícia
Civil interceptou um áudio enviado momentos antes do ataque
a médicos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na madrugada desta
quinta-feira (5), onde mostra que criminosos tinham um alvo no posto 2. A
gravação foi obtida com exclusividade pelo portal 'G1'. Um homem diz no áudio:
"Acho que é Posto 2...", seguido de uma frase inaudível. A nova pista
reforça uma das linhas de investigação das polícias Civil e Federal de que o
médico Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, pode ter sido confundido com o
miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26.
Perseu estava
acompanhado dos médicos Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Diego Ralf de
Souza Bomfim, 35, e Daniel Sonnewend Proença, 32, quando decidiram encerrar a
noite no quiosque Naná 2, na quarta-feira (4). O estabelecimento fica
localizado entre os postos 3 e 4 da Barra da Tijuca. O grupo estava em uma
mesa próxima à avenida, mas o momento de confraternização foi interrompido com
a chegada dos assassinos em um Fiat Pulse branco. Mais de 30 tiros foram disparados contra os
médicos. Somente Daniel sobreviveu ao ataque.
Desavenças com
o Comando Vermelho
Taillon é
apontado como líder da milícia que atua na região de Rio das Pedras, Muzema,
Gardênia Azul e adjacências. Ele está em regime semiaberto desde março e
tem como residência fixa um apartamento na Avenida Lúcio Costa, a menos de 1 km
do quiosque onde as vítimas foram executadas.
O miliciano
travou uma disputa territorial com traficantes do Comando Vermelho (CV) no
início deste ano, liderados por Philip Motta, o 'Lesk'.
Em janeiro, a maior facção do Rio de Janeiro invadiu comunidades na Gardênia
Azul, Muzema, Itanhangá e Rio das Pedras. A disputa entre os criminosos
rivais também acontece na Cidade de Deus, Tirol, Complexo da Covanca e Praça
Seca. Na Zona Norte, o conflito ainda ocorre nos Morros do Fubá e Campinho.
Em agosto deste
ano, Lesk esteve na mira da Polícia Civil e teve um áudio interceptado pela Delegacia de Repressão às
Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE). A
especializada, na ocasião, investigava um suposto áudio de um homem, que se
identifica como o traficante Lesk, que determina o desligamento de todas as
máquinas caça-níqueis instaladas na Gardênia Azul. O principal objetivo de
Philip seria lucrar com o dinheiro da contravenção.
"Onde tiver
maquininha caça-níquel no Gardênia, é para desligar tudo, manda desligar tudo.
Fala que é ordem do Lesk. Tudo desligado até segunda ordem", diz trecho do
áudio que circula nas redes sociais. Atualmente a quadrilha de Lesk usa a
Cidade de Deus como refúgio.
O Dia
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