Pertences pessoais deixados por israelenses após um ataque que matou mais de 260 pessoas durante um festival de música em 7 de outubro. FE/EPA/MARTIN DIVISEK
Funcionário da organização disse
que o grupo está fazendo contatos com todas as partes interessadas para acabar
com a agressão
Osama Abu Khaled, funcionário de
um escritório do Hamas, disse nesta quinta-feira, 12, que ainda é muito
cedo para falar sobre liberar os reféns, porque Israel não
parou os bombardeios na Faixa de Gaza, pelo contrário, intensificou e ameça
lançar uma ofensiva ainda maior. “É muito cedo para falar sobre a questão dos
prisioneiros sem antes parar a agressão na Faixa de Gaz”, disse Khaled, que
também informou que a organização está “fazendo contatos com todas as partes interessadas
para acabar com a agressão”, mas não deu mais detalhes sobre o assunto. No dia
7 de outubro, o Hamas realizou um ataque sem precedentes em território
israelense. O conflito já deixou mais de 2.800 mortos de 423 mil refugiados
internos em Gaza, que sobre com falta de água, comida e energia, já que o
governo de Israel cortou o fornecimento na segunda-feira e implantou um cerco
total na região.
Abu Khaled disse que o Hamas
continua a pedir às organizações humanitárias que “forneçam ajuda urgente e rápida”,
além de combustível e outros produtos básicos diante do bloqueio israelense à
Faixa de Gaza, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão à beira de uma
catástrofe humanitária, contudo, reiterou que o movimento islâmico, que
controla Gaza desde 2007 e está em guerra com Israel há seis dias, rejeita a
abertura de um corredor humanitário como “destinado a forçar o deslocamento”
dos habitantes de Gaza. “O povo palestino, com toda a sua força, homens,
mulheres, crianças e idosos, prefere morrer a deixar sua terra e suas casas. O
que é necessário é que as organizações humanitárias tenham permissão para
entrar”, alegou. O Brasil, que atualmente preside o Conselho de Segurança
da ONU (Organização das Nações Unidas), convocou para sexta-feira, 13, uma reunião
para discutir as questões humanitárias na Faixa de Gaza e debater sobre
possíveis resoluções para o conflito.
Em Gaza, mais de 1.400 pessoas
foram mortas e 6.049 ficaram feridas pelos ataques aéreos israelenses de
retaliação pelo ataque realizado pelo Hamas, e os hospitais estão sem
eletricidade e com extrema necessidade de materiais. As negociações continuam
entre Egito e Estados Unidos sobre a ajuda humanitária a Gaza e
a transferência de feridos que precisam de tratamento no Egito, assim
como sobre uma trégua proposta pelas autoridades egípcias. O número de
pessoas dentro da Faixa de Gaza que tiveram que deixar suas casas devido ao
conflito ultrapassou 423 mil, sendo 84 mil em apenas 24 horas, informou hoje o
Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária da ONU (OCHA).
Por Jovem Pan
*Com informações da EFE
http://dlvr.it/SxQjS0
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