O ministro da Secretaria de
Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou nesta quarta-feira (11) que o Brasil
segue a posição da ONU ao não classificar o Hamas como grupo terrorista.
“O Brasil, historicamente, sempre respeitou e
acompanhou a posição do conselho”, disse o ministro à GloboNews.
Mais cedo, após pressão, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo à comunidade
internacional e a ONU sobre a situação de crianças feitas reféns em meio ao
conflito entre Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, no Oriente
Médio.
O governo Lula tem se valido da
alegação de “neutralidade” para justificar a negativa em classificar o Hamas
como terrorista.
O petista pediu uma “intervenção
internacional humanitária” na região. Além disso, pela primeira vez, Lula citou
o Hamas, responsável pelo ataque terrorista a Israel.
Desde o início do conflito no fim
de semana, o governo foi criticado pela oposição por não ter mencionado
diretamente o Hamas quando condenou os ataques terroristas. Nos comunicados,
Lula e o Itamaraty apenas condenavam os ataques, pediam o cessar-fogo,
defendiam a existência do estado de Israel e o Palestino, mas não citavam
nominalmente o grupo extremista, o que abria margem para as críticas.
O Brasil segue a lista da ONU,
que não classifica o Hamas como grupo terrorista. Países como Estados Unidos,
Reino Unido, Japão e União Europeia chamam o grupo armado que controla a Faixa
de Gaza de terrorista.
Ainda nesta quarta, o Ministério
das Relações Exteriores (MRE) informou que uma eventual condenação política ao
Hamas pelo ataque a Israel será tratado no Conselho de Segurança da ONU,
presidido pelo Brasil desde 1º de outubro. O mandato tem duração de apenas um
mês.
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