Deputada federal pediu que
Exército se posicione sobre atual momento político do país
Em um vídeo gravado na
terça-feira 29 e publicado em uma conta no Instagram,
a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pede que os generais da ativa se
posicionem entre sobre o momento político atual e, sem citar o nome, chama o
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de bandido.
“E pergunto aos senhores: “Dia 1º
de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vocês vão querer prestar
continência a um bandido ou à nação brasileira?”, questionou Zambelli.
Em pouco menos de dois minutos,
ela desafia os generais da ativa a tomarem posição, dizendo que “não é hora de
responder com carta se dizendo apartidário, é hora de se posicionar”, em
referência a uma nota do Exército divulgada também na terça-feira.
“De que lado da história vocês vão ficar: do
lado da história que quer implantar o comunismo e tirar as nossas liberdades ou
do lado dos brasileiros que estão clamando ‘salvem nossas almas’”, perguntou a
deputada, referindo-se ao “povo está na frente dos quartéis generais pedindo
para que os senhores salvem nossas almas”.
Na nota divulgada na terça-feira,
o Exército afirmou que os militares da ativa “são apartidários em suas
condutas”. Era uma resposta ao comentário de Paulo Figueiredo, na Jovem Pan,
que insinuou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre
de Moraes, tem um “espião” dentro do Alto Comando do Exército, composto por 14
generais “quatro estrelas”.
Segundo o comentarista, o general
Valério Stumpf, chefe do Estado-Maior, seria amigo de infância do
secretário-geral da presidência do TSE, e estaria, juntamente com outros dois
generais, Richard Nunes e Tomás Paiva, comandantes do Nordeste e Sudeste,
respectivamente, atuando contra uma reação do Exército ao resultado da eleição
presidencial, contrariamente à posição de militares de patente inferior.
A nota do Exército faz uma
espécie de desagravo aos generais citados pelo comentarista. “Os
oficiais-generais citados são homens honrados, profissionais dedicados e contam
com todo o respeito, a amizade e admiração do Comandante do Exército e de seus
pares. São militares ilibados e comprometidos com a ética profissional,
comprovada ao longo de mais de 40 anos de profissão”, diz a nota.
No texto, o Exército também
“lamenta profundamente especulações que só se prestam para inocular a discórdia
e que em nada contribuem para a resolução dos problemas vivenciados em nosso
País”.
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