Líder dos Estados Unidos se
reuniu nesta quinta-feira, 1, com o presidente da França; ambos os chefes de
Estado se comprometeram em ajudar Zelenksy pelo tempo necessário
O presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira, 1, durante uma
conversa com o líder francês, Emmanuel
Macron, que está pronto para conversar com Vladimir
Putin e colocar um fim na guerra na Ucrânia que
se aproxima do décimo mês. “Estou disposto a conversar com Putin se estiver
buscando uma forma de pôr fim à guerra”, afirmou o chefe de Estado em
entrevista coletiva na Casa Branca. Biden explicou ainda que essa conversa com
Putin aconteceria, hipoteticamente, em consultas com a França e os demais
aliados da Otan. Apesar de seu interesse, ele ressaltou que o líder russo não
deu sinais que facilitassem essa conversa. “Enquanto isso, acredito ser
absolutamente decisivo, como disse Macron, que apoiemos o povo ucraniano”,
acrescentou. Essa é a primeira vez que ele fala sobre um possível diálogo com o
russo. O presidente dos EUA enfatizou que Putin errou em todos os seus cálculos
feitos até agora e ao pensar que “seria recebido de braços abertos” pelas
partes de língua russa da Ucrânia. “A questão é: como você vai sair da situação
em que se meteu? Estou disposto, se quiser conversar”, reiterou o governante
americano em seu pronunciamento.
Macron, que mantém contato com
Putin, concordou com o posicionamento do norte-americano, entretanto, destacou
que quem quis começar a guerra em fevereiro foi Putin e que é “legítimo” que o
presidente ucraniano, Volodymyr
Zelensky, estabeleça pré-condições. “Nunca pediremos aos ucranianos
para chegar a um acordo que não seja aceitável para eles porque isso nunca
construiria uma paz duradoura. Se queremos uma paz duradoura, temos que
respeitar que os ucranianos definam o momento e as condições em que negociarão
sobre seu território e seu futuro”, frisou o presidente francês. Biden admitiu
que nunca pensou que o conflito seria tão violento, mas deixou claro que Putin
não vencerá. “Ele pensa que pode quebrar a vontade de todos os que se opõem às
suas ambições imperialistas, atacando a infraestrutura civil na Ucrânia,
sufocando a energia na Europa, aumentando os preços ao exacerbar a crise
alimentar (…) Mas não conseguirá”, ressaltou.No encontro, EUA e França
“reiteraram o apoio contínuo de seus países à Ucrânia” e se comprometem em
particular a fornecer “ajuda política, de segurança, humanitária e econômica”
pelo tempo que for necessário. O presidente francês, por sua vez, agradeceu aos
Estados Unidos pela ajuda dada a Kiev e alertou que “abandonar” a Ucrânia poria
em risco “a estabilidade global”. Macron afirmou que “nunca vai pressionar os
ucranianos a aceitarem um compromisso que seja inaceitável para eles” porque
não possibilitaria a construção de “uma paz duradoura”.
Por Jovem Pan
*Com informações da AFP e EFE
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